PP só pode querer a vice se Ciro desistir da Senatória, diz Themístocles

O PMDB pleiteia, sim, a vaga de vice-governador numa chapa encabeçada pelo governador Wellington Dias (PT), nas eleições do próximo ano. Foi o que deixou claro o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Themístocles Filho, em entrevista esta manhã ao Acorda Piauí, na Rádio Cidade Verde.

Para demarcar território, mandou um recado para os aliados, especialmente para o PP de Ciro Nogueira, que chegou a dizer que a vaga de vice-governador cabe ao partido – a vice Margaret Coelho é do PP. “Para o PP querer a vice, só se o Ciro não quiser mais ser senador”, disse Themístocles, defendendo que cada partido tenha apenas um representante na chapa majoritária. Esse recado também vale para o PT, onde muitos defendem que o partido tenha a segunda vaga de senador, para Regina Sousa.

“A gente deve ter a preocupação de agregar”, disse, reafirmando a preocupação em ter mais siglas na chapa. O deputado também defendeu a aliança com Wellington, reafirmando o compromisso com a campanha de reeleição do governador no próximo ano. Afirmou ainda que mais de 80% do PMDB defende essa aliança, o que é referenciado por pesquisas internas.

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A pretensão do PMDB é indicar o vice de Wellington. Quanto à possibilidade dele mesmo ser o indicado para o cargo, Themístocles disse que “depende do partido”. Ao ser lembrado de que seu nome já foi defendido por correligionários como os deputados João Madison e Zé Santana, tangenciou: “Vou aguardar lá pra mais adiante”, afirmou, em referência às convenções partidárias, que devem ocorrer em julho do ano eleitoral.

Reforma política atrasada 20 anos

O deputado Themístocles Filho também falou sobre a reforma política em discussão no Congresso Nacional. E disse que “essa reforma devia ter acontecido há 10, 20 anos”. Considera que o grande problema é que os legisladores estão legislando olhando a próxima eleição – portanto, guiados pelo instinto de sobrevivência.

Essa sobrevivência faz que as mudanças sejam pontuais, de pouco impacto, já que todos os legisladores tentam reduzir seus próprios riscos. Nessa mesma lógica, acha que as mudanças possíveis para este ano devem ter pouco alcance.

No entendimento de Themístocles, a reforma deve ser feita com previsão de aplicação mais graduada. As mudanças devem ser “aprovadas agora para serem introduzidas em quatro, oito anos”. Dessa forma, entende ele, o legislador não  se guiará pelo instinto de sobrevivência, até porque haverá tempo para partidos e políticos se ajustarem às novas regras.

Ouça a entrevista concedida no Acorda Piauí desta terça-feira (11):

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