Operação Remédio Amargo desarticula quadrilha que roubava e vendia medicamentos no PI e MA

Grupo causou prejuízo de R$ 2 milhões; dono de farmácia e representante de distribuidora estão entre os presos

A Polícia Civil deflagrou a Operação Remédio Amargo e prendeu três pessoas suspeitas de integrar uma organização criminosa especializada no roubo e revenda de medicamentos. O grupo atuava em estradas do Piauí e do Maranhão, praticando assaltos violentos com uso de armas de grosso calibre.


Sete roubos em seis meses

Entre abril e setembro deste ano, a quadrilha realizou ao menos sete assaltos a caminhões de distribuidoras e transportadoras. Os ataques ocorriam principalmente no trecho entre São Luís (MA) e Teresina (PI), em regiões como Timon e Caxias, onde motoristas eram rendidos sob ameaça.

Segundo o delegado Laércio Evangelista, os criminosos tinham como alvos medicamentos, itens de higiene e suplementos, revendidos em farmácias com preços até 20% abaixo do mercado.


Farmácia e distribuidora envolvidas

As investigações apontaram que o esquema contava com a participação de um representante comercial de distribuidora, responsável por comprar as cargas roubadas, e do farmacêutico Eric Nicolas, dono de uma farmácia em Teresina, que colocava os produtos à venda.

Ambos foram presos, e com eles a polícia apreendeu duas pistolas. Um dos suspeitos foi detido no Paraná, enquanto outros dois integrantes da quadrilha seguem foragidos.


Prejuízo milionário e risco à saúde

O levantamento mostra que os crimes causaram prejuízo de cerca de R$ 2 milhões para empresas do setor. Além das perdas financeiras, a investigação revelou que os medicamentos eram armazenados de forma irregular, sem os padrões exigidos pela Anvisa, oferecendo risco aos consumidores.

“Conseguimos comprovar, pelas notas fiscais e pelo acondicionamento irregular, que lotes roubados estavam sendo vendidos em farmácias da capital”, destacou o delegado Evangelista.


Próximos passos

Os presos podem responder por associação criminosa, roubo, receptação e lavagem de dinheiro. A polícia agora apura se outras farmácias também receberam produtos roubados.

A rede de farmácias envolvida divulgou nota afirmando que está colaborando com as investigações e reforçou o compromisso com a legalidade e a transparência.

com inofrmaçao :cidadeverde.com

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