Ex-prefeita no Piauí seria chefe do esquema e desviou R$ 3 milhões de vários municípios

Márcia Aparecida Pereira da Cruz, ex-prefeita de Brejo do Piauí, foi presa com mais cinco empresários nesta quarta-feira (13/03). Eles são investigados por cometer fraudes em licitações para perfuração de poços artesianos. Segundo o Promotor José William Pereira Luz, a gestora seria líder da ação criminosa que desviou R$ 3 milhões durante quatro anos.

“Entre 2013 e 2017 foram desviados R$ 3 milhões de seis municípios que estão em investigação. A operação contou com a prisão de seis alvos, especialmente a ex-prefeita que chefiaria o esquema criminoso, que desviou R$ 300 mil só em 2015. [Ela] recebeu quase R$ 3 milhões com o envolvimento de pelo menos três empresas no período [que cumpriu a gestão]”, disse o promotor José William em vídeo abaixo. 

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Agentes do Ministério Público do Piauí e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) foram aos municípios para o cumprimento dos mandados. A operação foi nomeada “Poços sem Fundo”, justamente porque eles não existiam.

A promotoria de Canto do Buriti, distante 330 km de Teresina, auxilia na investigação do caso. A prefeita foi gestora de Brejo do Piauí, distante 390 km da capital. A cidade tem cerca de 4 mil habitantes e fica nos arredores do Parque Nacional Serra da Capivara.

Em 2012, Maria Cruz como é conhecida, foi eleita pelo PTB com 1,7 mil votos. Em 2016, a gestora tentou a reeleição, mas obteve apenas 592 votos.

PRISÃO

A ex-prefeita foi presa em Picos, distante 275 km de Teresina. Segundo o Ministério Público, ela teria desviado verbas destinadas à perfuração e manutenção de poços. O recurso era emergencial e deveria ser usado para levar águas às famílias atingidas pela seca. A gestora, porém, desviva o valor para três empresas.

Todos os presos serão trazidos para Teresina. Além da ex-gestora, empresário Valdirene da Silva e Adcarliton Valente, donos da VSP Construtora, também foram detidos. Segundo o MP, a dupla teria fornecido notas fiscais para que o dinheiro fosse desviado sem a devida prestação dos serviços.

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