O governador Wellington Dias (PT) defendeu durante o 56º Encontro Nacional de Coordenadores e Administradores Tributários Estaduais (Encat), nesta quinta-feira (08), o retorno da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).
Segundo o governador o imposto só voltaria de forma provisória e não iria prejudicar os mais pobres. “Agora, no momento que a gente coloca a CPMF, temos uma resistência muito grande. Acho que esse é um debate que nós governadores vamos ter que encarar. Acho que nesse instante a CPMF é apresentada como uma alternativa eventual, tanto que é um imposto provisório, mas avalio que foi mal vendido para a sociedade. Quem ganhar até 3 mil reais está isento. Alguém que ganha 4 mil, se ficar realmente a taxa de 0,2%, vai pagar 2 reais. É disso que estamos falando. Alguém que movimenta um milhão de reais, esse tem razão, vai pagar um valor considerável”, disse Wellington Dias.
Wellington declarou ainda que a facilidade de arrecadação da CPMF também ajuda. “Sou defensor não só pela conjuntura. Antes eu já era favorável à implantação da CPMF em razão de uma política eficiente. Defendia inclusive a CPMF em troca de outros tributos. Considero um dos impostos mais baratos para arrecadar e mais eficiente. É aquele de difícil sonegação”, explicou.
O governador explicou que hoje existem muitos impostos que atingem os mais pobres, enquanto a CPMF traz uma igualdade entre as classes sociais.
“Fiz um estudo quando era senador, junto com uma equipe do Banco do Nordeste e uma equipe do Senado. O estudo era pensando mais na atuação dos tributos no país. Acabamos fazendo uma descoberta e vários estudos comprovam que quem ganha até 3 salários mínimos tem uma carga tributária anual na carga de 42%, isso no ano de 2013. Isso [já levando em consideração] o que já vem embutido, como energia, gás, ICMS, em fim [os impostos] que são indiretos. Como isso tem um peso, acaba pressionando parte da renda. Já para quem ganha 40 salários mínimos, reduz essa mesma carga tributária para 23%,e para quem ganha acima de 100 salários mínimos a carga é de 10 a 15%”, declarou o governador que continuou afirmando que a CPMF “é um tributo que ajuda a dar uma equacionada, nas relações das classes sociais, como outros países fazem”.
Fonte: GP1