“Temos que segurar a história de trazer pessoas para o governo”, diz Regina Sousa

A vice-governadora Regina Sousa disse nesta quarta-feira (29) que o Executivo precisa segurar ao máximo a entrada de pessoas na base do governo. A vice defende, por exemplo, um freio na convocação de deputados estaduais para evitar gastos com suplentes.

“O Estado está vivendo um momento difícil. Eu acho que todo mundo tinha que colaborar. Bem no começo eu disse: vamos diminuir aí a chamada de deputados, pois é despesa. Cada vez que você chama um deputado e um suplente entra, é mais despesa que você aumenta. Aí as pessoas sempre mais, sempre mais. De repente no ano que vem melhora tudo e a gente resolve essas coisas”, disse Regina Sousa.

Segundo ela, que defende no máximo a convocação de seis deputados, não dá para o governo resolver os problemas da base sacrificando o Estado.

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“Resolver no imediato, sacrificando o Estado, não acho legal. Mas as vezes tem que resolver as questões políticas. O governo não pode governar com fissuras aqui e ali. É uma base grande e tem que resolver. Se for necessário, que venha, mas temos que segurar o máximo essa história de trazer pessoas para o governo, pois certamente é despesa que se aumenta e no momento que a gente está vivendo não cabe muito isso”, declarou.

Polêmica dos hospitais

Regina Sousa também comentou sobre as críticas apontadas pela Comissão de Saúde da Alepi que visitou hospitais regionais do estado em Floriano e Picos denunciando problemas estruturais e de funcionamento.

“A fiscalização é um caminho para apontar as falhas mas também vira muito palanque. Eu tenho certeza que o secretário de Saúde sabe [dos problemas]”, pontuou. “Vamos sentar agora e apontar soluções, não ficar só na denúncia e no discurso”.

A vice-governadora criticou ainda o fim de contratos do programa Mais Médicos, que teriam atrapalhado a saúde no interior do Piauí. “O Mais Médios que ainda segurava um pouco a demanda porque trabalhava a prevenção, que tem um se sentido e desospitalizar”, explicou

Serra do Inácio

Em viagem a comunidades distantes das áreas urbanas, Regina Sousa conheceu a situação de pobreza de piauienses que vivem na Serra do Inácio, no Sul do Piauí. A realidade é de uma população sem documentos e sem acesso a outros direitos básicos. Uma ação do governo registrou cerca de 370 carteiras de identidade, segundo Regina.

Venezuela

Sobre a entrada de dezenas de imigrantes venezuelanos no Piauí, a vice-governadora apontou para a responsabilidade do Estado em amparar as famílias do país vizinho. “Todo país passa por necessidade. Tem que acolher porque eles estão vindo buscar refúgio”, justificou.

Rebatendo as críticas de que o governo do PT apoia a ditadura de Nicolás Maduro, presidente venezuelano, Regina argumentou que se deve defender a autodeterminação da população na escolha do presidente. “São vítimas [venezuelanos] dos Estados Unidos que bloqueou tudo para Venezuela. Se tirasse o bloqueio a Venezuela não tinha necessidade”, disse .

A vice-governadora afirmou que esquipes de governo foram direcionadas a atender os grupos de venezuelanos que imigraram para Teresina nessas ultimas semanas.

Valmir Macêdo

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