O deputado federal, Marcelo Castro (PMDB-PI), acredita que a denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB) chegará enfraquecida na Câmara dos Deputados. O piauiense disse ainda que o ex-procurador-geral, Rodrigo Janot, perdeu força moral. A denúncia deve ser lida e votada nesta semana pelos parlamentares em Brasília.
“Essa denúncia dele vai chegar mais enfraquecida que a anterior. É lógico que não vi o conteúdo das denúncias, mas o acusador perdeu uma certa autoridade que ele tinha. Ninguém é ingênuo. É estranho uma delação desta, o assessor direto dele larga o emprego [nunca vi ninguém pedir demissão do emprego que é o melhor que tem no Brasil] e no outro dia, ele (Marcelo Miller), o chefe de gabinete e o assessor dele (Rodrigo Janot) envolvido na delação da JBS. Esse é um caso que no mínimo precisa ser analisado”, disse Castro.
Marcelo Miller atuou na assessoria do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, tendo feito parte do grupo de trabalho que atuou na Operação Lava Jato. Logo após sair da força-tarefa, ele ingressou em um escritório de advocacia e teria negociado a delação dos executivos da J&F. Ele era considerado o braço direito do procurador-geral, Rodrigo Janot.
O piauiense acredita ainda que “Temer vai se livrar da segunda denúncia”. O presidente da República é acusado pelos crimes de organização criminosa e obstrução de Justiça.
Reforma política
Além da denúncia contra Temer, a reforma política também vai dominar as discussões nesta semana em Brasília. O “Distritão”, que mudaria o sistema eleitoral no país, foi rejeitado. Contudo ainda há pontos da proposta a serem discutidos.
Sobre o assunto, o piauiense- que era a favor do “Distritão”- declarou que o sistema eleitoral do país é o pior do mundo.
“O Distritão não foi votado e foi a grande perda do movimento. Já tinha dito que não participaria de reforma política, pois já tinha chegado a conclusão que o Congresso é incompetente para fazer reforma política. Essa jura está renovada em definitivo. Não podíamos ter jogado fora essa oportunidade. O país está pegando fogo, a classe política desacreditada e a gente ainda continua com esse sistema. Tenha paciência”, desabafou o parlamentar.
Por outro lado, Marcelo Castro elogiou pontos aprovados como o fim coligações para as eleições proporcionais e a adoção da cláusula de desempenho.
As sessões do plenário estão marcadas para começar a partir das 11h30 de terça-feira (26).