Sem envolvimento com facção criminosa, Itallo Bruno não responderá por outros crimes após delação premiada

Polícia afirma que Itallo Bruno não tinha envolvimento com facção, mas que cometia outros crimes. No entanto, delação premiada o fará não responder por eles

Na manhã desta terça-feira (23/01), a Polícia Civil do Piauí deu detalhes sobre o inquérito que resultou na Operação Jogo Sujo e culminou na prisão do influenciador Itallo Bruno e de outras 10 pessoas que seriam seus familiares e amigos.

Lucas Villa, advogado (Foto: Ricardo Morais / OitoMeia)

Na coletiva de imprensa, os delegados da Delegacia de Repressão e Combate aos Crimes de Informática (DRCI) afirmaram que Itallo Bruno não tinha envolvimento com facção criminosa, como havia sido levantada a hipótese anteriormente, mas que ele cometia sim os crimes de exploração de jogo de azar, lavagem de dinheiro e organização criminosa. No entanto, estes crimes não serão imputados à ele devido à delação premiada que foi homologada e que possibilitarão que as investigações prossigam.

“O vínculo, tanto do investigado principal quanto da sua família com facção criminosa, nós chegamos à conclusão que não existe. O que existiu foi uma transação pontual entre o investigado e um membro (de facção) que não denota qualquer tipo de envolvimento, vínculo ou participação”, disse o delegado Humberto Mácula. 

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“Reitero, o jogo de azar, a lavagem de dinheiro e a organização criminosa. Isso existia e a gente mantém isso, mas que não será discutida em virtude dessa delação premiada. Ao final, quem ganha é a sociedade, sociedade piauiense”, afirmou o delegado.

ABRIU MÃO DE BENS

Segundo o delegado Humberto Mácola, entre os acordos feitos de delação premiada, Itallo Bruno abriu mão dos bens que foram apreendidos na Operação Jogo Sujo e estão avaliados em cerca de R$ 5 milhões.

“Ele abriu mão dos bens, que foram adquiridos de forma ilícita. Os valores serão revertidos para Secretaria de Segurança Pública, em ações sociais que serão leiloados”, disse.

De acordo com o advogado Lucas Villa, que defende Itallo Bruno, o influenciador é um “jovem” e “amador”, mas que agora irá se manter dentro da lei. Além dele, também fizeram acordos de delação premiada seu pai, sua mãe, sua irmã e um amigo.

 “A ligação com um membro de facção foi a negociação de um carro, feito por um terceiro, sem que o Itallo soubesse que a pessoa era de facção. Ele é uma pessoa jovem, que começou do zero, mas de forma muito amadora. Foram dois anos de forma amadora em que conquistou muito, mas agora será com assessoria adequada e dentro da legalidade”, afirmou o advogado.

Lucas Villa, advogado (Foto: Ricardo Morais / OitoMeia)

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