O secretário Estadual de Educação, Helder Jacobina, pediu nesta segunda-feira (20) aos professores e servidores da Educação – paralisados há quase 70 dias – que ponham fim a greve da categoria. Segundo ele, o reajuste garantido após decisão do Tribunal de Justiça do Piauí de 6,81% aos professores e 3,95% aos servidores administrativos, já foi comunicado ao TJ e já está na folha de pagamento.
“Perante a decisão judicial, o Governo já implantou na folha de agosto os 6,81% e os servidores já podem visualizar esse reajuste no seu contra-cheque. Foi comunicado também ao TJ que a partir de setembro estará na conta do servidor os retroativos dos meses de maio, junho e julho, sendo assim, o Estado está comunicando ao TJ o cumprimento da decisão judicial estabelecida pelo Tribunal”, pontuou o secretário.
Durante entrevista no Jornal do Piauí, desta segunda-feira (20), o gestor propôs a união de forças entre o Sinte (Sindicato dos Trabalhadores em Educação) para reativar o calendário de algumas escolas que paralisaram e evitar a perda total do período letivo de 2018,
“Não vamos trabalhar nem a questão de descontos e nem de faltas, mas precisamos em conjunto dar uma resposta maior para o nosso estudante que é o principal prejudicado. Nós já sanamos a parte judicial, que é a parte que havia impedimentos legais e agora cabe a nós pessoas adultas, que possamos sentar com o sindicato para resolver essa problemática para que a gente possa dar segmento ao calendário escolar da nossa rede de ensino”, propôs Helder Jacobina.
Reposição
A Seduc já solicitou dos gerentes em Educação e diretores de escola que possam trabalhar a reposição para que não hajam perdas maiores para os estudantes. O secretário acrescenta que nem todas as escolas estão com a situação atrasada, mas que o objetivo é sanar a perda do calendário na parte da rede afetada.
Parabéns ao Sindicato
O secretário aproveitou a ocasião para parabenizar o Sindicato pela firme atuação na cobrança de direitos dos servidores. Segundo ele, o Governo reconhece e compreende a atuação do sindicato de reivindicar na Justiça o reajuste, mas garante que ele só não foi concedido antes por proibições da legislação eleitoral.
“Por motivos outros, o projeto enviado a Assembleia não foi votado e caímos no período proibitivo por questão eleitoral. Em virtude de não haver tempo, o governo pela legislação eleitoral aplicou um reajuste que só permitia o índice inflacionário e isso foi dado aos professores. Naquele momento o governador tinha o impedimento legal. A Justiça entende que havia a necessidade da decisão. Deu ela favorável ao sindicato e estabelecia que o Governo deveria arcar com o pagamento”.
Sinte nega fim da greve
Reunidos em Assembleia na manhã desta segunda (20), o Sinte decidiu por não acabar com a greve e só retomar os trabalhos após o pagamento do reajuste total, em setembro. Em resposta, o secretário pediu sensibilidade da categoria para a retomada das aulas em face dos prejuízos causados aos estudantes.
“Eu acho que nesse momento a gente tem que ter muita sensibilidade, até mesmo com estudantes nossos. Como eu falei, todos os servidores já podem visualizar a implantação do valor. Diante do cenário que estamos cumprindo, pedimos ao sindicato que possamos dialogar esse retorno o mais rápido possível e retomar. O que cabe a gente é sentar e discutir a questão da reposição. Queremos a participação de todos.
Rayldo Pereira