A Secretaria de Saúde realizou na última quarta-feira (27) uma roda de conversa no sentido de envolver os profissionais de comunicação – radialistas, em um diálogo abordando a prevenção ao suicídio. A roda de conversa, contou com a participação de Gercilio Magalhães representando a Rádio Cultura FM, Mario Rodrigues e Sergio Silva representando a Rádio Capivara AM, coordenadora da atenção básica, Francisca Maria, coordenadora do NASF, Nihara Helena, coordenadora de vigilância em saúde, Talita Medeiros, coordenador da Unidade de Acolhimento, Jose Willyans e a psicóloga do NASF, Valéria Castro.
O suicídio ainda é visto como assunto tabu pela imprensa, em razão da dificuldade de sua abordagem. Há uma espécie de senso comum entre as grandes mídias de que o tema é muito perigoso para ser veiculado, pois, quando não é feito da maneira devida, a notícia pode induzir à ação.
A roda de conversa teve o objetivo de debater o assunto e promover uma reflexão sobre o papel da imprensa na disseminação de notícias sobre suicídios.
Durante a roda de conversa, foi apresentado o boletim com os dados de suicídio no município e ações da Secretaria nos cuidados, acolhimento e prevenção.
Nós entendemos ser necessário debater sobre a prevenção do suicídio face aos últimos acontecimentos que comoveram a nossa sociedade, e resolvemos iniciar um trabalho de discussão do tema. Todos nós temos uma responsabilidade pessoal e profissional quanto a essa questão, disse a coordenadora de vigilância em saúde, Talita Medeiros.
A imprensa é muito importante na prevenção do suicídio, mas é mais importante ainda pensar na forma como a notícia é veiculada. O papel da imprensa tem a intenção de divulgar meios os de prevenção, os locais onde essa pessoa com depressão pode buscar ajuda”, explica a psicóloga do Núcleo Ampliado a Saúde da Família, Valéria Castro.
A mídia tem o dever de publicar informações de interesse público, mas a liberdade de expressão não pode violar outros direitos fundamentais dentro dos limites do jornalismo.
A Secretaria vai trabalhar essa temática, também em rodas de conversa e orientação aos profissionais para que fiquem mais preparados para lidar com o assunto e possam melhorar a qualidade do serviço prestado aos usuários de uma maneira eficiente, humanizada e ética. O trabalho de prevenção ao suicídio é feito durante o ano todo nas atividades diárias da saúde, além de fazer abordagens com os usuários, orientando-os nas Unidades Básicas de Saúde – UBS’s e demais estabelecimentos da rede.
Caso identifique ou detecte alguma pessoa com sintomas ou potencial suicida, procure a Unidade de Saúde mais próxima de sua casa, Centros de Atenção Psicossocial – CAPS ou Centro de Valorização da Vida – CVV pelo telefone 141.
