No encontro, ela exibirá os presentes que recebeu ontem de manhã do casal de advogados Roseli e José Beraldo. Um dos ‘mimos’ atraiu na hora a atenção de Rosa: um cachimbo preto e o saquinho de um bom fumo, o que certamente a agradou.
Ela sorriu e o segurou firme com uma das mãos, fazendo até questão de posar para fotos. “Ela pita há muitos anos desde mocinha”, disse, carinhosamente, a filha caçula Alice Batista de Souza, de 64 anos. A idosa levantou a cabeça e a corrigiu: “Desde menina”.
O advogado e a esposa não deixaram por menos, a presentearam, fizeram carinho e se manifestaram com palavras ‘doces’.
A cena agradou a família e principalmente a neta Raquel, de 31 anos, estagiária de Direito no escritório de Beraldo. “Ela proporcionou a alegria para a avó”, frisou Roseli. “Que senhora abençoada, quanta saúde. Imagine 107 anos. Ganhei o meu dia hoje com a visita”, festejou a advogada.
Dona Rosa começou a trabalhar muito cedo. E foi roçando mato e cultivando vários produtos que ela conseguiu ajudar o marido José Luiz de Souza a criar 9 filhos, “cinco deles já estão mortos”, como lembrou a filha caçula. “O meu pai faleceu em 1974, com 72 anos, e em 1984 ela veio para Mogi morar comigo”, destacou Alice.
Na sua cidade natal, Rosa Maria somente tinha acesso às informações por rádio. Já ao passar a morar em Mogi começou a assistir a programas de televisão. “Adorava a novela Malhação, da Globo”, diz, porém atualmente deixou tudo de lado. “Ela prefere se recolher cedo e ficar em silêncio, mas tem uma saúde boa, pressão de criança, 12 x 8. É vaidosa e até usa lentes de contato”, conta a filha. Ativa, Rosa não a fez esquecer. “Sim, ela gosta de cachaça, mas isso parei de dar, pois a minha mãe não ficava muito boa”, sorriu Alice.