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A Renault sai na frente e inaugura com a Duster Oroch o segmento das picapes “quase médias”: difícil achar um termo melhor para aquela que é maior que as picapes compactas.
Sempre com cabine dupla, 4 portas, e com um bom nível de equipamentos de série e de espaço, a novidade poderá tirar clientes das versões mais caras da “picapinha” da Fiat.
Com nome de tribo da Rússia, a Oroch chega às lojas em outubro, partindo de R$ 62.290. A primeira pergunta é: trata-se do Duster com porta-malas descoberto? De fato, ao serem feitos sob a mesma plataforma, os dois modelos têm vários pontos em comum. Visualmente, são idênticos até a porta traseira. A largura é a mesma e a altura, basicamente, também.
Mas a plataforma foi alongada para conceber a Oroch, de modo que a picape não só é 36 centímetros mais comprida, como tem 15 cm a mais de distância entre eixos: aquela que, na prática, identifica o quanto de espaço vão ter os ocupantes lá dentro.
Assim, a Oroch cria, na verdade, um segmento de picape pequena de família. Sempre com cabine dupla, ela acomoda bem 4 adultos, coisa que, até então, só era possível em picapes maiores. Para ir ao encontro dessa proposta, inclui um bom pacote de equipamentos.
Para quem é?
A Renault diz que o foco principal da Oroch é o cliente que tem uma picape como carro principal: usado no trabalho e para transportar a família. Com estepe localizado na parte de baixo do veículo, a caçamba ganha espaço e leva 683 litros, basicamente o mesmo que a Strada, conforme dados das montadoras.
A reportagem experimentou a picape nas ruas de São Paulo e no Rio de Janeiro, onde ocorreu o evento de lançamento, basicamente em trajetos urbanos. Foram avaliadas as versões Dynamique 1.6 (115 cv, câmbio manual de 5 marchas) e 2.0 (148 cv, manual de 6 marchas), as mais completas.
De série, a Oroch tem ar, travas e vidros elétricos (nas 4 janelas), alarme, volante com comandos de áudio e telefone, rádio CD MP3 com 4 alto falantes, USB e Bluetooth, rodas de liga leve aro 16, barras no teto, santantônio, protetor de caçamba.
Para a Renault, a intermediária Dynamique, 1.6 responderá pela maior parte das vendas do modelo. Por R$ 66.790, a versão acrescenta central multimídia, faróis de neblina, piloto automático, comando elétrico dos retrovisores, sensor de estacionamento, acabamento em couro no volante, computador de bordo e vidro do motorista com comando de 1 toque.
O único opcional é o banco em couro. São acessórios capota marítima, extensor de caçamba (que serve de rampa), DVD, câmera de ré, entre outros.
De série, a Oroch tem ar, travas e vidros elétricos (nas 4 janelas), alarme, volante com comandos de áudio e telefone, rádio CD MP3 com 4 alto falantes, USB e Bluetooth, rodas de liga leve aro 16, barras no teto, santantônio, protetor de caçamba.
Para a Renault, a intermediária Dynamique, 1.6 responderá pela maior parte das vendas do modelo. Por R$ 66.790, a versão acrescenta central multimídia, faróis de neblina, piloto automático, comando elétrico dos retrovisores, sensor de estacionamento, acabamento em couro no volante, computador de bordo e vidro do motorista com comando de 1 toque.
O único opcional é o banco em couro. São acessórios capota marítima, extensor de caçamba (que serve de rampa), DVD, câmera de ré, entre outros.
Dentro da Oroch
Estar na Oroch é sentir-se no Duster. É tudo igual: a posição de dirigir, a distribuição dos comandos, a visibilidade (exceto atrás porque o vidro traseiro da picape é, naturalmente, mais estreito). O painel é o do SUV reestilizado, com acabamento simples, e problemas de projeto como o ajuste do retrovisor ser feito por um botão “secreto”, embaixo do freio de mão.
A central multimídia tem todas as funções básicas, incluindo GPS, e é de fácil navegação, com tela sensível ao toque que é operada sem grandes esforços.
O GPS exibe condições de trânsito em tempo real via rádio, o que não exige uma conexão com a internet.
O volante, também igual ao do Duster, é pesado. Ter direção elétrica pelo menos em alguma versão colocaria a Oroch à frente de rivais até maiores – lembrando que mesmo carros de entrada começam a ter o recurso.
Na versão que a Renault acredita que será o carro-chefe, o motor 1.6 de 115 cavalos de potência (com etanol) demonstrou certa “sofrência” quando a picape de 1.292 kg se deparou com subidas, mesmo com a caçamba descarregada.
Por outro lado, a suspensão agrada. Na traseira, “herdou” a do tipo multilink do Duster 4×4, com braços independentes e que foram reforçados.
Na prática, a suspensão é um pouco mais rígida que no SUV, para suportar cargas maiores, mas não por isso desconfortável. O ocupante sente as irregularidades do piso, mas não é uma batida seca.
Descarregada, a picape se mostrou estável nas curvas, mesmo em velocidades mais altas, mas poderia contar com controle de tração e de estabilidade.