Regina Sousa diz que PT fará oposição ao governo Temer

A senadora Regina Sousa, presidente do PT no Piauí, reforçou que o partido fará oposição forte a um possível governo provisório de Michel Temer (PMDB/SP), caso seja aprovado o processo de impeachment pelo Senado na votação desta quarta-feira (11). Em entrevista exclusiva ao Jornal Cidade Verde, a senadora comparou a atual situação política com a fábula do lobo e do cordeiro. “É aquela história do lobo e do cordeiro. O lobo já havia decidido comer o cordeiro, é da natureza do lobo e isso vai ser minha fala no plenário”, pontuou Regina.

senadora

A senadora terá 15 minutos para se pronunciar durante a sessão desta noite e afirma que irá fundamentar sua posição contrária ao processo sustentando a tese de golpe. “O conteúdo da minha fala é a fundamentação do meu voto. Então se eu vou votar não, eu sustento a tese do golpe e eu caracterizo  as etapas como o golpe aconteceu. Eu digo: É um jogo, jogado e decidido fora do campo. Decidem que vai derrubar a Dilma e depois decidem os motivos, por isso os motivos foram apresentados depois de decidido. A gente mantém a tese do golpe, do jogo decidido.”, completou.

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Com um possível afastamento de 180 dias, Regina reforça que sua oposição será responsável mas garante: “Seremos uma oposição responsável mas não boazinha e vamos estar nos frontes e na rua lutando pelos direitos dos trabalhadores para que não haja retrocesso nesse país porque tudo indica que haverá”, enfatizou.

Um dos pontos de retrocesso levantados pela senadora foi o próprio programa de Temes, que segundo ela irá “desidratar os programas sociais” como o Bolsa Família. “Não faz parte do programa do Temer e dos seus aliados subsidiar programa pra pobre, então é claro que os programas sociais vão sofrer. Ele vai manter? Vai. Mas vai desidratar os programas. Ele já disse que o Bolsa Família só são 10 milhões de pessoas então o resto vai cair fora”, concluiu a senadora.

Regina Souza anunciou ainda um ato de apoio a presidente programado para esta quinta-feira (12) com a participação de movimentos sociais como a conferência das mulheres, movimentos indígenas e vários outros que se encontram em Brasília para reuniões e conferências. “Será uma manifestação bonita”, completou.

Rayldo Pereira

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