Rafael Fonteles diz que PEC dos Combustíveis revela “bagunça” do Governo Federal

O secretário de Fazenda do Piauí, Rafael Fonteles, fez críticas à Proposta de Emenda à Constituição (PEC), apresentada na última quinta-feira (3) no Congresso Nacional, a chamada PEC dos Combustíveis, que propõe a redução de tributos que incidem sobre gasolina, diesel e gás de cozinha.

Em entrevista ao Jornal do Piauí nesta quarta-feira (9), o gestor piauiense afirmou que esta não é a solução para o disparo no preço destes produtos, uma vez que os estados congelaram o percentual do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre os combustíveis e ainda assim não houve grande impacto no valor do produto.

“Só quem quer bagunçar o coreto fica colocando propostas absolutamente irracionais. Uma PEC que foi feita na Casa Civil e o ministério da Economia não estava sabendo. Como é que pode, uma matéria econômica é construída uma solução apoiada pelo governo mas não é apoiada pelo Ministério da Economia?”, questionou o secretário estadual.

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Na ocasião, Fonteles, que é presidente do Comitê Nacional de Secretários da Fazenda, Finanças, Receitas ou Tributação dos Estados e Distrito Federal (Consefaz), voltou a defender mudanças na política de preços praticados pela Petrobras e a criação de um fundo de equalização, que impediria, na sua avaliação, a oscilação constante no valor desses produtos.

Eleições

Pré-candidato ao Governo do Piauí, Rafael Fonteles evitou revidar as críticas e a estratégia eleitoral da oposição para o pleito deste ano, mas enfatizou que os temas nacionais também serão discutidos na esfera estadual pelo grupo governista.

“Aqui no Piauí não podemos ter retrocesso. A gente não pode permitir que aconteça no Piauí o que aconteceu no Brasil, que o time do Bolsonaro ocupe espaços de gestão no estado do Piauí, porque pode acontecer essa mesma destruição que aconteceu no Brasil”, pontuou.

Neste sentido, o petista não esconde que a figura do ex-presidente Lula, que deve disputar o terceiro mandato, será importante nas eleições piauienses, justamente para contrapor a oposição, hoje liderada pelo ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira.

“Não adianta esconder o candidato a presidente quando os valores que você defende são exatamente os mesmos. No momento em que você é a favor do negacionismo, da cloroquina e da ivermectina, você tem os mesmo valores do presidente Bolsonaro, não tem como esconder. São dois projetos completamente distintos e a população saberá escolher o melhor caminho”, finalizou Fonteles.

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