Quatro cães morrem após vacina contra raiva e Ministério da Saúde será notificado

Quatro cães morreram em Teresina, supostamente, após reações alérgicas da vacina contra raiva. A gerente de Zoonoses da FMS, Oriana Bezerra, informou que amostras das doses foram recolhidas e serão encaminhadas ao Ministério da Saúde.

“O procedimento normal é, quando se aplica uma vacina e há relatos de reação, notificar ao Ministério da Saúde que consequentemente aciona o laboratório. Hoje à tarde, vamos nos reunir com a veterinária, ver qual o lote da vacina e onde ocorreram esses casos, se foram todos em uma mesma região”, explica Bezerra.

Na Capital, mais de 94 mil animais foram imunizados no último sábado (03). A gerente de Zoonoses explica que a vacina é segura e  rigorosamente testada antes de ser liberada. Ela ressalta que a quantidade de animais que apresentaram possíveis reações alérgicas está dentro do esperado.

“A literatura inglesa fala que o percentual de reação adversa esperada em uma vacinação contra raiva é de 0,004%, exatamente, dentro do que ocorreu em Teresina. A gente lamenta porque não queríamos ter nenhuma morte, mas sabemos que não é assim. É a mesma coisa quando se aplica vacina em uma pessoa: eu espero que ela fique imunizada. Tem animais que não respondem a vacina. Contudo, a vacina é segura e os benefícios são enormes”, explica Bezerra.

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Ela destaca ainda a possibilidade dos animais, que vieram a óbito após a vacinação, estarem com uma virose inaparente.

“Toda aplicação de uma vacina- que é composta por antígeno mais conservantes- gera uma reação adversa. A gente trabalha para que não ocorra. Não podemos confirmar se esses animais tiveram ou não alguma reação alérgica, como também não podemos descartar.  Quando se aplica uma vacina, o sistema imunológico do animal é sobrecarregado. Esse animal já podia estar com uma virose inaparente que, com o stresse do organismo na produção de anticorpos, levou a uma reação”, disse Oriana Bezerra.

Ela frisa que os tutores de animais devem ficar tranquilos e reforça que a vacina é segura.

“Antes de sua aplicação, elas são submetidas a testes de potência, inocuidade (que verifica se a vacina causa algum efeito adverso não esperado) e esterilidade (que detecta se há contaminação por bactéria ou fungo.O prazo para que o animal apresente alguma reação é de até 24h após a aplicação  e esse período já expirou. Os donos podem ficar tranquilos, pois se o cão ou gato não teve nada até agora, não vai ter mais, por conta da imunização contra a raiva”, finaliza.

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A importância da vacinação contra raiva

A raiva é uma doença incurável que atinge o sistema nervoso. Ela causa salivação excessiva, mudança repentina de humor e paralisia. Pode se apresentar em três formas: raiva furiosa, raiva muda e raiva intestinal. Neste último caso, provoca sintomas como cólicas e vômitos constantes.

Além de afetar seu cachorro, a raiva pode ser transmitida para você pela mordida do animal. A doença atinge qualquer mamífero e é preciso ficar atento aos primeiros sinais. Para evitá-la, vale a pena checar a ficha do seu cão para ter certeza de que a vacinação contra a raiva está em dia.

Se você for mordido, lave o ferimento com água e sabão e procure orientação médica. Identifique o dono do cachorro para saber se já é vacinado e observe o animal por 10 dias, verificando se ele apresenta os sintomas da doença. Caso o animal não tenha dono, desapareça ou morra, procure imediatamente orientação com o Centro de Controle de Zoonoses de sua cidade.

bicharada@cidadeverde.com

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