Quadrilha faz inspetor da Servi-San de refém e rouba R$ 15 milhões

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O presidente do Conselho da Empresa de Segurança Servi-San, Assis Fortes.

O presidente do Conselho da Empresa de Segurança Servi-San, Assis Fortes, confirmou que 20 homens armados fizeram às 20h de sábado (10/12), 8 pessoas da família do inspetor geral de segurança da empresa, Raimundo Nonato Cruz, de reféns e roubaram cerca de R$ 15 milhões.

De acordo com informações, os criminosos levaram a família incluindo três filhos do inspetor e sua mãe de 80 anos para uma chácara, e às 07h30 deste domingo (11), assaltaram a  sede da empresa na avenida Miguel Rosa, no bairro Piçarra, na zona Sul de Teresina, levando a quantia. Os criminosos estavam armados com fuzil 1.50 e metralhadora k-44.

Assis Fortes afirmou que a ação dos criminosos começou com o sequestro do inspetor geral de segurança Raimundo Nonato Cruz e sua família, levando todos para um sítio na estrada de Altos e mantendo-os como refém. Em seguida foram até a sede da Servi-San levando o inspetor, o obrigaram a abrir a base da empresa, imobilizaram todos os funcionários, inclusive as pessoas encarregadas do monitoramento de segurança e realizaram o assalto abrindo o caixa forte e levando o dinheiro.

“Eles mandaram abrir tudo, estavam em quatro carros diferentes. A polícia já tem todas as informações. Os assaltantes levaram o HD do computador mas ficaram as imagens de toda a ação dos bandidos. Assim que soltaram os reféns, nós comunicamos à polícia”, declarou Assis Fortes.

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A ação  começou na noite do sábado por volta das 20h quando uma mulher que frequentava o salão de beleza da esposa do inspetor na zona Sul de Teresina, foi até o local como já tinha feito o procedimento a semanas antes. No sábado, a mulher foi novamente até o estabelecimento em um horário mais tarde e quando terminou ficou no salão alegando que estava esperando o marido para fazer o pagamento, quando o homem chegou, entrou no salão de beleza e imediatamente pediu para a mulher do inspetor ficar sentada. Em seguida ele iniciou o sequestro da família levando filhos, a mãe, o irmão e o sobrinho de Cruz que trabalha há 30 anos na empresa para a chácara.

Assis Fortes afirmou que o valor levado é entre pode chegar a  15 milhões. O valor real está sendo apurado  Segundo ele, os bandidos fizeram pressão psicológica ameaçando todos de morte.  Os bandidos liberaram a esposa de Cruz porque não havia espaço no veículo. Eram quatro carros usados na ação, todos os assaltantes estavam encapuzados, exceto um que diziam ser o matador.

O presidente afirmou que o assalto na sede da Servi-San foi rápido, cerca de 20 a 30 minutos. “Eu tinha chegado mais cedo na empresa para fazer umas cópias porque a impressora da minha casa tinha quebrado e eu tinha que mandar um documento para Belém, mas me atrasei tentando consertar a impressora em casa”, declarou ele adiantando que estava sendo monitorado pelos bandidos e que os criminosos o chamavam de ‘velho fodão’, que se chegasse na empresa seria assassinado. Os criminosos chegaram a perguntar que horas o empresário chegava na empresa e um deles disse ‘se vier não vai chegar’.

O sequestro da família de Raimundo Nonato Cruz continuou até às 10h de domingo. Segundo informações do empresário, ele não estava em sua casa na hora do sequestro da família, mas os criminosos foram buscá-lo em uma chácara onde ele estava no momento. “Os assaltantes sabiam de tudo, foram na chácara do Cruz, pegaram ele e com os parentes o levaram para outra chácara, eles diziam ‘colabora colabora’ e sabiam o nome de todo mundo. A nossa segurança é limitada, não vou deixar matar ninguém por causa de dinheiro, temos seguro”, falou Assis Fortes adiantando que ele paga de seguro R$ 2,5 milhões de franquia.

Ele lembrou que a empresa já foi assaltada em R$ 1,5 milhão no mês passado quando roubaram um carro-forte em uma estrada no Piauí. Em menos de dois anos a Servi-San já teve sete carros de transporte de dinheiro estourados com prejuízo de R$ 2,5 milhões. Assis Fortes disse que a falta de segurança é muito grande e que a empresa tem 49 anos de existência e ficou 19 anos sem assalto, em seguida passou a ter assaltos anuais.

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