Professor da rede pública estadual do Piauí é demitido após assediar alunas

Um professor que atuava em duas escolas da rede pública estadual em Teresina foi demitido após processo administrativo disciplinar comprovar a prática de assédio contra suas próprias alunas. Ele foi denunciado por familiares e alunos da Unidade Escolar Auristela Soares Lima e do Centro Estadual de Tempo Integral Solange Viana, que ficam sediados nos bairros Esplanada e Promorar, ambos na zona Sul de Teresina. A demissão dele foi publicada na edição de hoje (4) do Diário Oficial do Estado. Os casos de assédio teriam ocorrido em 2020.

As denúncias chegaram ao conhecimento da Controladoria Geral do Estado em outubro de 2020, quando o órgão instaurou Processo Administrativo Disciplinar (PAD) contra o professor Glaydson Souza Freire. Ele alegou inocência durante o PAD.

“O indiciado foi devidamente citado e apresentou defesa alegando, em síntese, ausência de provas. Requereu a improcedência do indiciamento, por não restar comprovada sua responsabilidade, bem como sua absolvição em virtude da presunção de inocência.”

Segundo o relatório de ocorrência, os pais de uma aluna procuraram a direção da Unidade Escolar Auristela Soares Lima para denunciar que o professor ofereceu dinheiro para a aluna para “saírem juntos”. O relatório diz, ainda, que o servidor teria tentado tocar, indevidamente, a adolescente. A mãe de outra vítima afirmou em depoimento ter encontrado mensagens no celular da filha, onde o professor a chamada para “dar uma volta”, fora do horário escolar.

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Alunas do 6º ano da escola foram ouvidas por meio de escuta especializada e declararam que o professor havia tentado beijar estudantes e abordado uma delas fora do ambiente escolar.

Outras alunas, também ouvidas por meio de escuta especializada, informaram que o professor as constrangia com palavras indecorosas e com conotação sexual.

A conclusão do processo diz que “as provas testemunhais colhidas, as escutas especializadas e o Relatório da Comissão demonstram que o processado não regulou sua conduta pelos preceitos da decência, do zelo pelo bom nome da escola, do respeito à comunidade escolar e da legalidade.”

O relatório de conclusão do PAD também foi encaminhado à Secretaria de Segurança Pública para que se investigue eventual prática de crime por meio de inquérito policial.

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