Foram oito pessoas presas na Operação Pastor, deflagrada pela Polícia Federal no Piauí nesta quarta-feira (21/06). A maioria dos nomes não foi revelada, mas entre os levados pelos agentes da PF que atuaram em Teresina e em cidades do Sul do estado estão o ex-prefeito da cidade de Dom Inocêncio Inocêncio Leal, o empresário Décio de Castro e o ex-vereador de Porto Edgar Vaz da Costa Neto, o Edgar Neto.
Este último, aliás, não suportando a pressão da PF e o constrangimento perante a sua família, já teria aceitado delatar todo o esquema de corrupção em que está envolvido. Solicitou fazer uma delação premiada e pediu que seu advogado comunicasse aos agentes da Polícia Federal. Edgar Neto garantiu revelar valores e nomes, inclusive o do “chefão”.
Através de mensagens em grupos de Whatsapp de políticos e advogados especialmente do Sul do estado, mas que rapidamente já se espalharam, citam o nome de um importante político do estado. A Polícia Federal não confirma, mas também não desmente que existe a possibilidade de um dos presos usar da delação premiada.
Segundo nota repassada pela Polícia Federal, era uma organização criminosa que praticava desvio de dinheiro público e cometia fraudes em licitações, além de peculato. Responderão, todos, também porcrimes de corrupção passiva. Os órgãos que foram alvos da quadrilha são o Ministério da Educação, a Codevasf e a Funasa. O prejuízo apurado até o momento ultrapassou o montante de R$ 5 milhões. Dinheiro que deveria ter sido aplicado na construção de creches, de cisternas e no sistema de abastecimento d’água. Foram cumpridos seis mandados de prisão, cinco de condução coercitiva e 14 de buscas e apreensão, expedidos pela Justiça de São Raimundo Nonato, para execução em Teresina, São Raimundo Nonato, Dom Inocêncio e Brasília-DF.