Os membros do Comitê Gestor da Prefeitura sobre a Covid-19 apresentaram aos vereadores de Teresina a metodologia que deve ser utilizada para a elaboração do protocolo de retorno gradual das atividades econômicas. A prefeitura já ouviu mais de 20 setores da econômica para a apresentação das medidas de segurança, que deverão ser adotadas por cada área na retomada do funcionamento.
Segundo o professor Washington Bonfim, membro do comitê, entre os eixos que devem ser seguidos pelos setores da economia estão distanciamento físico, espaços, que engloba cuidados com a higiene, os equipamentos de proteção e a comunicação. O último eixo engloba triagem, rastreamento e controle e desinfecção de áreas contaminadas. Nestes últimos casos, entra a realização de testagem dos trabalhadores.
Protocolo Específico
Washington Bonfim afirma que cada setor terá que apresentar seu plano de retomada levando em conta esses eixos determinados pelo comitê. Os planos não precisarão passar pela aprovação da prefeitura.
“São as bases do planejamento a partir do qual tetamos retomar as atividades econômicas. É preciso ter a ideia de que não vamos poder voltar à situação que tínhamos no final de fevereiro e meados do início de março. Essas medidas apresentadas são as linhas gerais do que se pensou até aqui. Estamos discutindo não só com os vereadores, mas com toda a sociedade”, disse.
Setores
Até o momento a prefeitura já discutiu a elaboração de planos com os o comércio, Sebrae, Federação das Indúsias do Piauí (Fiepi) e setores como a construção civil e restaurantes.
“Cada setor terá o seu protocolo de segurança específico. Já conversamos com mais de 20 entidades patronais e laborais. Conversamos com shoppings, advogados, construção civil, restaurantes, igreja, clínicas, hospitais, diálogo com o Sebrae porque representam os micro e pequenos negócios, Fiepi, entre outros. O plano de segurança não precisa ser submetido a prefeitura para a aprovação, mas vamos pedir que seja amplamente divulgado para funcionários e clientes e que se encontre disponível e para os órgãos de inspeção”, destacou.
A prefeitura afirma que as regras que serão restabelecidos nos protocolos específicos deverão ser pelo menos até o final de 2020. “Essas regras devem ser mantidas pelo menos até o final de 2020 porque não temos tratamento e nem vacina contra a doença. Além disso, é preciso fazer o monitoramento das condições de saúde. Abrir as atividades não significa o fim das medidas de distanciamento social. Elas continuarão adequadas a cada setor. As medidas são importantes porque se a sociedade se expõe rapidamente ao vírus, ocorre um risco para o sistema de saúde”, destacou.
Questionamentos
Os vereadores questionaram a obrigatoriedade da testagem em todos os funcionários de uma empresa. Joaquim do Arroz (MDB) destacou os custos no momento de crise econômica e Dr. Lázaro (Patriotas) disse ser necessário discutir com os médicos se são realmente viáveis.
“Os empresários estão todos quebrados. Com dificuldades. Como vão arcar com esse gasto a mais”, disse Joaquim do Arroz.
De acordo com Washington Bonfim, as testagens fazem parte do processo de tiragem. ‘Quanto mais testar, triar e isolar os casos positivos, mas bem-sucedidos seremos”, destacou.
Com relação ao transporte público, Washington Bonfim afirma que as medidas de segurança serão mantidas.
“Pesquisas mostram que o transporte público é um vetor de contaminação. É preciso garantir que as medidas de segurança continuem para não colocar as pessoas em risco”, explicou.
Lìdia Brito