O presidente do Sindicato de Servidores Públicos Municipais de Várzea Branca (SindsermVab), Lídio Eder, concedeu entrevista à Rádio Serra da Capivara AM nessa sexta-feira (21) e relatou que sofreu ameaças e agressões verbais por parte do prefeito daquele município Idevaldo Ribeiro o “Cuim”. As agressões ocorreram, quando o mesmo procurou o gestor para solicitar informações sobre o atraso de mais de 20 dias no pagamento de salários de servidores.
Na entrevista o sindicalista afirmou que foi ofendido pelo gestor do município. “Fui à prefeitura conversar com o prefeito, fui recebido por ele, perguntei como íamos fazer para resolver a questão dos salários atrasados e aí […] já foi uma enxurrada de ofensas e de xingamentos. […] Fui ofendido bastantemente pela figura do administrador municipal, desde os mais variados, como – você é um vagabundo, você só anda com gente sem vergonha, você é um moleque” disse.
Além das ofensas, o sindicalista declarou que foi ameaçado pelo prefeito, uma atitude de intimidação ao sindicato. “um fato que me chamou atenção e que realmente está me deixando bastante preocupado é a questão das ameaças. ‘Vou te pegar, ainda te pago, vai lá na rádio, vai lá, estou indo para São Raimundo, estou te esperando na porta da rádio, vai pra rádio’. É lamentável, me senti acuado, me senti desprotegido. […] não é uma atitude que a gente espera de um administrador, de um representante de um município” declarou.
O sindicalista se mostrou inseguro diante das ameaças do gestor e teme por sua integridade física. Lídio Eder está preocupado, pois durante a semana precisa se deslocar à zona rural do município, onde ministra aulas numa escola. “Hoje me sinto acuado, me sinto hoje impossibilitado de sair para dar aula, pois dou aula no interior. Sou o único presidente que tem que dar aula no interior. Mas, como é que vou sair hoje para dar aula no interior, sob a ameaça, que de uma hora para outra eu posso ser pego? interrogou o sindicalista.
O sindicalista alertou através da emissora, que caso aconteça algo com o mesmo ou com membros de sua família, todos devem ficar cientes do possível envolvimento do gestor. “Eu fico com receio, porque se o sindicato que cobra um salário atrasado é tratado dessa maneira, imagine se fizer outras denúncias, imagine qual vai ser a represália. Então hoje, eu me sinto ameaçado. E digo mais, se acontecer alguma coisa comigo, com minha família, não tenham sombra de dúvidas, um dos principais motivos é esse aí” alertou.
Fonte: SINDSERM