A alta expressiva no preço do feijão atingiu um pico de preços como não se via há dois anos. A informação é da Fundação Centro de Pesquisas Econômicas e Sociais do Piauí (Cepro).
De acordo com o economista Fernando Galvão, a saca, que chegou a valer ano passado R$ 111,50, passou a ser negociada acima de R$ 300 – uma alta de quase 170%. Nos supermercados, ainda não há como prever como ficarão os preços. “A previsão para 2019 era uma alta de preços de 4,5% ao consumidor final”, completa.
O motivo do aumento, segundo a Cepro é a quebra na safra 2018/2019, mas não no Piauí e sim no Paraná, estado que é o maior produtor do feijão consumido por aqui, representando 40% do abastecimento total. “O desempenho da próxima safra e os estoques formados agora pela alta de preços podem reduzir a pressão da alta, mas é só uma previsão”, completa o economista.
O Piauí é oitavo estado brasileiro onde mais se planta feijão, mas os tipos carioca e preto não são plantados devido às condições climáticas. A produção piauiense é apenas do tipo caupi.
Alta de 2016
Há pouco mais de dois anos, uma alta de preços fez os brasileiros até mudarem a culinária em casa. A mistura “arroz com feijão” saiu do cardápio porque a alta do feijão chegou a 33,49% nos supermercados. Especificamente o feijão carioca, que é o mais consumido do país, subiu 58,6% na ocasião. Os preços do quilo ao consumidor final chegaram a ficar entre R$ 12 e R$ 20. Na ocasião o motivo também foi a queda na safra, provocada por problemas climáticos.