A Polícia Civil do Piauí anunciou que iniciará uma investigação ampla para combater a venda indiscriminada de raticidas e inseticidas em pontos comerciais das cidades de Teresina e Parnaíba. A iniciativa foi motivada pela suspeita de que o “chumbinho”, um raticida proibido para uso doméstico, teria sido utilizado nos envenenamentos que resultaram na morte de oito pessoas em Parnaíba.
O delegado responsável destacou que o comércio clandestino coloca em risco a saúde pública e facilita o uso desses produtos em crimes.
A venda irregular do “chumbinho” ganhou destaque após a suspeita de que ele teria sido utilizado no envenenamento de oito pessoas em Parnaíba, no Piauí. O raticida, amplamente disponível no comércio clandestino, é conhecido por ser usado em crimes dessa natureza devido à sua fácil obtenção e alta toxicidade. O caso em Parnaíba reforçou a necessidade de endurecer a fiscalização e coibir a comercialização ilegal, uma vez que o produto deveria ser restrito a ambientes controlados e manuseado apenas por profissionais qualificados.
Pela legislação vigente, a venda de raticidas e inseticidas como o “chumbinho” exige receita técnica, justamente para evitar o uso indiscriminado e os riscos à saúde. Quando utilizado de forma inadequada, o produto pode causar intoxicações graves, mortes acidentais e até ser empregado em crimes intencionais, como envenenamentos.
Especialistas alertam que a exposição ao “chumbinho” pode levar a falência múltipla de órgãos, parada respiratória e morte rápida, sendo essencial que a população denuncie a venda irregular às autoridades.
A Polícia Civil reforçou que a colaboração da comunidade será essencial para o sucesso das operações. Denúncias sobre a venda clandestina de “chumbinho” e outros produtos tóxicos podem ser feitas anonimamente por meio de canais oficiais, como o Disque-Denúncia. Enquanto isso, campanhas de conscientização sobre os perigos do uso e da compra desses produtos serão organizadas em parceria com órgãos de saúde e segurança pública, visando proteger a população e evitar novas tragédias.