Segundo coluna do jornalista Lauro Jardim, desta segunda-feira (14), Quintão ligou para o ministro da Saúde em busca de uma aproximação.
O jornalista Lauro Jardim, do O Globo, publicou em sua coluna, desta segunda-feira (14), mais detalhes sobre a conversa entre o novo líder do PMDB na Câmara, Leonardo Quintão, e o Ministro da Saúde, Marcelo Castro (PMDB). O ministro teria desligado o telefone “na cara” do deputado Quintão.
A Veja.com já havia publicado matéria onde Leonardo Quintão afirmou que ligou para Marcelo Castro e que ele teria sido desrespeitoso ao questioná-lo sobre sua posição sobre o impeachment da presidente Dilma Rousseff. O ministro teria declarado que só iria interferir dentro do PMDB, para que o ex-líder Leonardo Picciani retomasse a liderança, dependendo da resposta de Leonardo.
Lauro Jardim afirma que o ministro chegou a desligar o telefonema “na cara” de Quintão, após o deputado não declarar uma posição firme sobre o impeachment da presidente Dilma. O deputado ligou para Marcelo Castro para buscar uma aproximação com o ministro, agora que é o novo líder.
Quintão teria tentado várias vezes falar com Marcelo Castro, mas após muito tentar, finalmente conseguiu que Marcelo atendesse a ligação. O jornalista descreve como a conversa aconteceu:
-Quintão, para a gente se aproximar, antes preciso saber a sua posição sobre o impeachment.
– Bom, ministro, a minha posição é a do PMDB.
– Como assim, posição do PMDB? O PMDB está rachado, Quintão. Você é contra ou a favor do impeachment? Tem que ter posição. Qual é a sua?
– O partido ainda tá discutindo, Marcelo.
– Tá discutindo porra nenhuma, Quintão. Ou você tem posição ou não tem. Eu tenho. Sou contra. Tchau.
E bateu o telefone na cara de Quintão.
Retorno à Câmara Federal
Articuladores do Palácio do Planalto analisam a possibilidade de Marcelo Castro deixar o Ministério da Saúde e voltar para a Câmara Federal, ampliando a representação do partido com o objetivo de alcançar um número suficiente de assinaturas que criasse condições para o retorno de Leonardo Picciani à liderança do PMDB.
A manobra, porém, é considerada arriscada porque poderia irritar ainda mais o vice-presidente Michel Temer, que pediu à presidente Dilma que não se intrometesse nos assuntos internos do PMDB.
fonte:gp1.com.br