O Piauí registrou 7.523 admissões contra 8.067 demissões em novembro, excluindo 544 postos de trabalho. Em novembro do ano passado, o saldo tinha sido -41. Os dados são do Caged, divulgados pelo MTE.
O resultado ruim foi pressionado pelas demissões no setor de Indústria da Transformação que demitiu 1.337 pessoas a mais do que contratou. Com um número tão alto, ficou difícil de compensar com os demais setores.
A construção civil (-436), a agropecuária (-78) e o setor de extrativa mineral (-34) também apresentaram saldo negativo.
Na outra ponta, os setores de serviços (+700) e comércio (+621) tiveram os melhores resultados.
Na indústria de transformação, o principal problema foi no subsetor “Indústria química de produtos farmacêuticos, veterinários, perfumaria”, que contratou 22 pessoas e demitiu 945. Outro resultado lamentável foi no subsetor “Indústria de produtos alimentícios, bebidas e álcool etílico”, que admitiu 174, mas demitiu 602 pessoas. Os demais subsetores tiveram resultados melhores.
Em Teresina foram realizadas 4.772 contratações contra 4.244 demissões, tornando o saldo positivo na capital (+528) em novembro. Esse é também o melhor resultado entre as cidades piauienses para o mês.
O saldo do ano também ficou positivo na capital: 57.579 admissões contra 55.711 demissões, resultando em 1.868 cargos criados.
O pior resultado do Estado foi registrado no município de União, que contratou apenas 14 pessoas e demitiu 1.507, fechando, portanto, 1.493 postos de trabalho.
Dados nacionais
Em novembro, o país contratou 1.11 milhão de pessoas, mas demitiu 1,12 milhão. O saldo ficou negativo: 12.292 postos fechados. Mas o saldo do ano permanece positivo em 299.635 empregos gerados.
No Nordeste, o saldo ficou positivo. A região abriu 3.758 novos postos de trabalho, ficando à frente do Centro-Oeste (-14.412), do Sudeste (-16.421) e do Norte (-398), perdendo apenas para o Sul, que gerou 15.181 empregos.
O resultado do Piauí (-544) é o segundo pior do Nordeste para o mês. O pior do ranking é a Bahia (-1,146). O melhor resultado da região foi registrado no Ceará: 2.861 empregos gerados.
Piauí lidera ranking
No saldo do ano (de janeiro a novembro), no entanto, o Piauí tem melhor destaque: foram 88.723 contratados contra 83.587 demitidos; um saldo positivo de 5.136 empregos. Com isso, se posiciona da terceira colocação do ranking, atrás apenas do Rio Grande do Norte (+3.507 empregos) e da Bahia (+12.887).
Em 12 meses, de dezembro de 2016 a novembro de 2017, o Piauí lidera o ranking com folga. O saldo de 3.023 empregos é bem superior ao segundo lugar, o Rio Grande do Norte, cujo saldo é de 47 empregos. Os demais estados da região ainda permanecem com saldo negativo nesse recorte temporal.
O Piauí é ainda o 7º maior gerador de empregos do país dos últimos 12 meses, atrás de Santa Catarina (24.522); Goiás (23.177); Mato Grosso (13.139); Minas Gerais (7.642); Paraná (4.439) e Tocantins (3.558).