A senadora Regina Sousa, do PT, classificou agora há pouco como completo “absurdo” a decisão do juiz Sergio Moro de condenar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a nove anos e seis meses de prisão.
Para Regina Sousa, a justiça está usando “dois pesos e duas medidas” contra o petista e que o juiz Moro “que se achava um Deus, agora se considera um Deus”.
“É uma decisão política do juiz Sergio Moro, eles querem frear a ascensão do Lula e condená-lo sem prova. O Lula não tem escritura e nem chave do triplex e uma ação para torná-lo inelegível, mas Lula será inocentado”, declarou Regina Sousa.
Segundo a senadora, o dono da OAS falou sob pressão e não apresentou nenhuma prova contra o Lula. Para ela, um político que está acima da lei é o senador Aécio Neves que se livrou da condenação.
“Estamos todos indignados. Esperamos que a justiça desfaça essa injustiça, pois é um grande equívoco para o País”.
O presidente do PT estadual, deputado federal Assis Carvalho, afirmou que a decisão já era esperada, embora não haja prova nenhuma contra Lula. “Essa decisão já era esperada por todos nós que fazemos o PT, inclusive por aqueles que acompanham as notícias. Embora não tendo nenhuma prova, embora não tendo materialidade, mas tinha uma posição do Sérgio Moro tomada e já dialogada com aqueles que têm interesse a essa perseguição política ao Lula, não é nenhuma novidade”, declarou.
Assim como Regina, Assis acredita que a decisão de Moro vai ser revista nas instâncias superiores.
“Nós não temos dúvida nenhuma que essa posição equivocada do juiz Sérgio Moro será revista nas instâncias superiores, como algumas já estão sendo revistas. Instâncias superiores já decidiram que delação por si só não é razão para condenação e não há nada mais do que uma delação, embora haja mais de 70 inocentando Lula. Lamentamos profundamente que ainda tenhamos juristas neste país, membros do judiciário, com uma prática que envergonha o judiciário brasileiro. Todo apoio a Lula”, desabafou.
Yala Sena e Hérlon Moraes