É no Piauí que estão os mais antigos vestígios da presença do homem no Continente Americano. É o que afirma o Documentário exibido com exclusividade pela Rede Meio Norte. Aqui, um resumo.. São revelações que mudaram a História da ocupação humana na América.
A Serra da Capivara como você nunca viu. Assista incríveis imagens gravadas de avião, helicóptero, balão e drone. Surpreenda-se com simulações cinematográficas que trazem o passado ao presente, representando como era a Natureza do Piauí há mais de 12 mil anos.
Acredite: uma floresta tropical gigante antecedeu ao Bioma da Caatinga que hoje predomina na região. Efeitos especiais ressuscitam animais pré-históricos, como preguiças gigantes e tigres-dente-de-sabre…
O documentário Serra da Capivara é uma produção internacional da ZDF, a maior emissora de TV Pública da Alemanha. O documentário, que teve o apoio do Governo do Estado do Piauí, foi assistido por mais de 35 milhões de telespectadores europeus. No Brasil, através da Rede Meio Norte, será exibido pela primeira vez, com exclusividade, em uma Rede de TV aberta.
Novo Mundo. América, o último continente povoado por humanos. Tigres dentes-de-sabre dominavam a selva. Preguiças gigantes comiam folhas… Era esse o mundo dos primeiros americanos? Quem eram eles? Quando chegaram aqui? E de onde vieram? A nova resposta para todas estas perguntas é espetacular.
Brasil. Bioma da Caatinga. Serra da Capivara. Nesta vasta floresta primitiva revela-se um dos maiores mistérios da história da humanidade. Será aqui viveram aqui os mais antigos americanos?
A Teoria descartada
Em 1930 a comunidade científica acreditava ter resolvido a pergunta. Há 12 mil anos, caçadores vindos da Ásia, teriam alcançado a América, o Novo Mundo, a pé. Sabe como? Muita água congelou e o nível do mar baixou cerca de 100 metros.
Assim, o Estreito de Bering tornou-se uma ponte de terra firme direta para a América.
Material arqueológico encontrado na década de 1930 nos EUA, na cidade de Clóvis, no Estado do Novo México, foi atribuído a povos asiáticos.
Daqui surgiu a “Teoria Clovis”. Resumo: defende, que há 12 mil anos, caçadores asiáticos foram os primeiros humanos a pisarem na América.
Os arqueólogos americanos diziam estar inquestionavelmente claro. Escuro é quem duvidava. Os defensores da Teoria Clóvis eram afinados e afiados. Comparavam semelhanças entre lâminas de pedra, usadas tanto por asiáticos quanto americanos, exibidas como provas.
A Teoria confirmada
Longe do frio, no nordeste do Brasil, evidências científicas indicam que os primeiros americanos chegaram muito mais cedo aqui.
Na Serra da Capivara, desde os anos 80, se confirma a presença do homem há mais de 50 mil anos. Isso deixa para trás, e muito, a Teoria Clóvis. Por ter saído na frente, quiseram deixar Niède para trás. Suas publicações foram ridicularizadas. Apenas interessada em ciência e completamente apaixonada pelas pinturas, Niède seguiu praticando Arqueologia como uma arte da impermanência.
Guidon defende a Teoria da Vinda da África e tem ganho confirmações científicas. Mudanças climáticas sempre provocaram migrações. Embora o destino fosse incerto e percurso imprevisível.
Há muitos indícios de que Niède Guidon esteja passos à frente com suas pesquisas. Assim, vale afirmar que os primeiros americanos vieram mesmo da África. Pela análise mais recente, há pelo menos há 30.000 anos, o continente americano já era povoado. Tendo isso acontecido muito mais cedo do que se adotara, a Teoria Clóvis foi descartada. O Novo Mundo é muito mais velho.
A Teoria de Guidon, a Vinda da África, a cada passo soterra velhas respostas, enquanto parte para novas perguntas.
A notável senhora Guidon será lembrada como a arqueóloga brasileira que abasteceu seus colegas, os cidadãos e cidadãs de sua pátria, com uma força interior chamada persistência, a firmeza incansável da determinação, a serenidade explícita diante da discórdia conspiratória, a tolerância flexível diante da vaidade vesga, o sorriso esperançoso do sim diante da estupidez do não, a possibilidade de superação diante da intimidação do impossível, a disciplina metodológica da ciência ante o dogma que exclui a dúvida, com luz própria diante da inveja escura e garras afiadas de uma onça suçuarana na defesa intransigente da sustentabilidade do Parque Nacional da Serra da Capivara, Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco. Serra da Capivara, o berço do homem americano. Mesmo que alguns não queiram, é mesmo aqui, no Piauí. Você aí, dê o maior valor a isso.