Os problemas que precisa enfrentar todos os dias para garantir a sobrevivência do Parque Nacional Serra da Capivara vêm desgastando a arqueóloga Niède Guidon, de 83 anos.
À Folha de São Paulo, no auge de uma das piores crises do parque, ela contou: “Tive zika há dois anos e artrose terrível, mas acho esse parque maravilhoso”.
E não tem sido nada fácil para Niède manter vivo esse amor pela Serra da Capivara, sem que sofra com as consequências de sua teimosia em fazer dar certo.
A reportagem menciona que a arqueóloga é chamada de “demônio” pela ousadia, “já denunciou ameaças de morte, pedidos de propina e vive em queda de braço com o governo federal, atrás de recursos para o parque”.
Mas as forças da Niède podem estar minando. Agitada, e com razão, ela chega a dizer: “Isso aqui é um inferno”.