O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias propôs, nesta terça (3), durante participação na Conferência Regional sobre Desenvolvimento Social da América Latina e Caribe, realizada em Santiago, no Chile, um pacto entre os países da região para um trabalho conjunto de combate a fome e a desigualdade na região.
Dias reforçou a importância da cooperação internacional e da necessidade de uns aprenderem com os outros para avançar nos desafios do desenvolvimento social. “Não precisamos reinventar a roda. Podemos todos aprender melhor uns com os outros e unir esforços se quisermos, por exemplo, avançar na implementação plena das propostas de fortalecimento da institucionalidade social apresentadas pela CEPAL. Este foro e? um âmbito importante para promover este diálogo, mas instituições nacionais e internacionais com conhecimento prático precisam receber apoio para levarem esse conhecimento a outros países, destacou o ministro.
Wellington reforçou que o presidente Lula lançou, na última cúpula do G20, em Nova Delhi, na Índia, a proposta de articular, durante a presidência brasileira do G20, uma Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. Ele relembrou que o Brasil assume a presidência do G20 em dezembro, e o seu ministério estará responsável por essa construção.
“Quero assegurar a vocês que essa Aliança, uma vez lançada, não sera? apenas do G20, sera? para todo país que quiser assumir o compromisso de implementar ou reforçar programas sociais com eficácia comprovada para o combate a? fome e a? pobreza”, garantiu o ministro ao submeter a candidatura do Brasil para assumir a presidência da próxima conferência e realizar o próximo encontro no país.
Desenvolvimento econômico
Durante a conferência no Chile, o ministro Wellington Dias defendeu ainda uma nova frente de trabalho para o combate às desigualdades. Ele argumentou que embora a assistência social e as transferências de renda para a erradicação da pobreza sejam fundamentais para garantir a dignidade e os direitos humanos fundamentais, não são suficientes para descortinar todo o potencial humano das nossas populações. Para ele, é Eo crescimento econômico e oportunidades do emprego e empreendedorismo que garante a segurança social.
“Nosso objetivo e? a redução da pobreza, ano a ano e devemos reforçar nossos programas de inclusão socioeconômica, incluindo a formação profissional, a intermediação laboral das famílias beneficiárias, e a formação e apoio ao empreendedorismo. Proponho que estudemos formas de reforçar essa área de atividade em nossa cooperação, com apoio da CEPAL, do PNUD, da OIT e outros órgãos”, defendeu.
O ministro aproveitou o encontro ainda para destacar os avanços sociais no Brasil como o retorno do Bolsa Família este ano e os números de 19,7 milhões de famílias beneficiárias, tendo 92% da base do programa protegida da pobreza, bem como a dinamização da economia e a ascensão das crianças e jovens que saem da pobreza e deixam o benefício após melhorarem de vida.
Para a ministra do Desenvolvimento Social e Família do Chile, Javiera Toro Caceres, a anfitriã do evento, essa é uma reunião importante para a troca de experiencias e para estimular a luta pelos desafios juntos. “É cada vez mais desafiador garantir a proteção social. Estamos trabalhando em construir um sistema nacional de cuidados, centrando nas pessoas que mais necessitam. Com isso, estamos implantando um sistema de garantia de direitos. Queremos, assim, garantir que todos tenham suas necessidades atendidas e seus direitos garantidos”, declarou.
A Conferência Regional sobre Desenvolvimento Social da América Latina e Caribe é realizada pela Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal), entidade ligada à Organização das Nações Unidas (ONU). Ela está em sua quinta edição e tem como objetivo fortalecer as instituições e entes públicos para a implementação efetiva de políticas públicas de qualidade na área do desenvolvimento social.