Ministro Sarney Filho se compromete a ajudar Parque Nacional Serra da Capivara

Chefe do Ministério do Meio Ambiente ressaltou que uma das propostas para resolver a crise no parque é estimular roteiros turísticos que incluam o sítio arqueológico., que está entre os mais ricos do mundo.

O ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho (PV), esteve reunido nesta quarta-feira (1º) com a arqueóloga Niéde Guidon, diretora da Fundação Museu do Homem Americano (Fumdham), responsável pela gestão do Parque Nacional Serra da Capivara.

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Vice-goverandora Margareth Coelho, Presidente da OAB de SRN Drº Alexandre Cerqueira, Ministro Sarney Filho e o Deputado Federal Paes Landim.

O objetivo da reunião foi estudar medidas que possibilitem retirar o parque da crise em que se encontra há anos, sobretudo por conta da escassez de recursos e pela falta de apoio do poder público.

“A crise que o país atravessa, evidentemente, reflete-se em todos os setores. Lá essa dificuldade se aguçou mais ainda porque houve certos desencontros entre as instituições encarregadas da gestão. Esses desencontros foram sanados. O presidente do ICMBio veio junto comigo, bem como o diretor regional. E todas as pendências de ordem funcional, as que diziam respeito a desavenças entre os gestores, foram inteiramente resolvidas. Nosso objetivo agora é somar, e também vamos dar assistência para que a Fumdham, o Iphan, a administração do parque, tendo como parceiro também o Governo do Estado, possam agir juntos na busca de recursos perenes, que não sejam recursos de projetos, que podem acabar a qualquer momento. Nossa intenção é evitar essa insegurança financeira que atinge o parque”, ressaltou Sarney Filho.

O ministro do Meio Ambiente informou ainda que uma das propostas é buscar uma parceria com o Ministério do Turismo, com vistas a estimular roteiros que incluam o Parque Nacional Serra da Capivara como destino. “Vamos fazer uma agenda para que o turismo seja intensificado, porque a gente sabe que existem outros sítios arqueológicos que não têm a beleza que a Serra da Capivara tem, que não estão dentro de uma área tão rica em biodiversidade, tão cheia de animais, de onças, de bichos que até mesmo estão em processo de extinção em outras partes do Brasil. A gente vê que os outros países que têm sítios semelhantes possuem muito mais visitação que a Serra da Capivara, que tem muito mais pinturas rupestres e muitas outras atrações”, destacou o ministro.

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Imagem aérea da Serra da Capivara (Fotos: Divulgação Fumdham)

Sarney Filho acrescenta que outra meta de sua gestão é fazer com que o parque, bem como as demais unidades de conservação do país, tornem-se oportunidades para geração de emprego e renda, estimulando a economia das regiões que as circundam.

“Um dos objetivos da minha gestão será fortalecer e fazer com que as unidades de conservação se transformem em aliadas da população, vetores de desenvolvimento, ao invés de serem encaradas como empecilho ao desenvolvimento de suas regiões, como às vezes acontece. Então, escolhi vir ao Parque Serra da Capivara, porque acho que esse parque é simbólico, é emblemático, é importante, ele reúne não só a preservação da biodiversidade, como sítios arqueológicos de imenso valor, um dos maiores e melhores do mundo. E, embora localizado numa região muito pobre, na caatinga, enfrentando muitas dificuldades, esse parque se organizou, e isso se deve a uma grande figura humana, que é a arqueóloga Niéde Guidon, que tem uma identificação imensa com o parque”, ressaltou o ministro.

Na terça-feira, o juiz federal Pablo Enrique Baldivieso determinou que o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) informe, no prazo de dez dias, quais providências tem tomado para a efetiva implementação do plano de manejo da unidade de conservação.

Em fevereiro deste ano, a Justiça Federal determinou que a União – por meio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – destinasse o montante de aproximadamente R$ 4,5 milhões para a preservação do parque, que é a maior área de concentração de sítios arqueológicos das Américas, e foi declarado Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco.

 

Por: Cícero Portela e João Magalhães

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