Médicos servidores públicos do Estado se reuniram em Assembleia Geral Extraordinária na sede do Sindicato dos Médicos do Estado do Piauí (SIMEPI), na noite da última quinta-feira (11), para analisarem a resposta da Secretaria de Administração e Previdência do Piauí referente ao que a categoria vem reivindicado desde o mês de maio.
Após votação, por unanimidade, os profissionais decidiram paralisar pela quarta vez e suspender os atendimentos na rede estadual de saúde nos dias 16, 17, 18 e 19 de julho, salvos apenas os casos de urgência e emergência.
“Os médicos estão revoltados com a atitude do Estado, pois estamos reivindicando melhorias nas condições de trabalho e isso tem sido negado. Denúncias estão sendo feitas ao Ministério Público do Piauí, onde o órgão já está com ações cíveis públicas contra a Secretaria Estadual de Saúde devido à falta de estrutura nos hospitais. Pessoas estão morrendo por causa disso e os médicos não conseguem salvar as vidas da população, que é o desejo do nosso trabalho”, comenta Samuel Rêgo, presidente do SIMEPI.
O Sindicato dos Médicos vem reivindicando melhorias nas condições de trabalho, cumprimento da Carreira Médica como a efetivação da progressão, realização de concurso público e aumento salarial baseado no piso FENAM, que é da categoria médica. Este movimento iniciou-se em maio e já contou com três paralisações.
A entidade suspendeu os atendimentos com finalidade de dar tempo para o Governo do Estado se organizar e manifestar as chances de resolver nossas demandas. “O Estado se julgou incompetente para solucionar os problemas. Saúde é prioridade e temos que ter respostas”, conclui Samuel Rêgo.