A provável entrada do PMDB no governo Wellington Dias (PT) despertou o interesse dos partidos que já compõem a base. Para não ficar para trás, eles querem reivindicar mais espaço. Um deles é o PP. A legenda vai para a mesa de negociação com o trunfo de ser a maior do Estado após as eleições 2016.
“Se nós vamos fazer uma reorganização no governo e nós vamos reconhecer o tamanho de cada um dos partidos políticos, é legitimo a pretensão do PP de ampliar a sua base. O Partido Progressista é companheiro de primeira hora e tem sido parceiro o tempo inteiro do governador”, disse a vice-governadora Margarete Coelho em entrevista ao Jornal do Piauí.
Nesta segunda-feira (31), pela primeira vez, o governador Wellington Dias admitiu que está negociando a ocupação de cargos pelo PMDB no governo do Estado. O presidente do Diretório Estadual, deputado federal Marcelo Castro, também disse hoje que os cargos estão sendo negociados.
“O governador está conversando com todos os partidos, já conversou com o PP e com o PMDB as conversas desenrolaram bastante na semana passada. Depois de ouvir a todos ele sentará à mesa e colocará as propostas”, ressaltou Margarete.
Para a vice-governadora, se houver a ampliação da base de outros partidos, o PP também pleiteará a ampliação da sua. “O PP cresceu muito, temos a maior representação na Alepi, temos o maior número de prefeitos. Tem que crescer a base na proporção que o PP cresceu”, emendou.
Margarete ressaltou ainda que o PMDB é um partido importante, mas que não é postura de Wellington Dias decidir ações do governo sem ouvir toda a base. “O PMDB é um partido importante no estado, qualquer governador quer ter na sua base, acho que não tem uma proposta fechada ainda. Não é do estilo do governador vir como um trator sem ouvir os aliados, as bases, essa não é bem a característica dele. Ele ouvirá os parceiros e isso será bem discutido. Essa conversa será serena, sincera e o resultado será justo”, concluiu.
Hérlon Moraes