O presidente estadual do MDB, Marcelo Castro, negou que seja contra o nome de Dr. Pessoa como pré-candidato do partido a prefeito de Teresina. Ele diz acreditar que o partido vai encontrar um consenso, evitando assim, uma disputa na convenção.
Apesar do presidente municipal do partido, deputado Themistocles Filho, defender o nome de Dr. Pessoa, o vereador Luiz Lobão insiste em ser candidato pelo partido. Ele ameaça disputar a indicação na convenção.
“Tem quatro nomes no MDB como o Dr. Pessoa, Luiz Lobão, Henrique Pires e Themístocles Filho. Se a escolha fosse hoje recairia em Dr. Pessoa. A escolha será em 2020 e achamos que o quadro permanecerá como se encontra. Com isso o quadro será com Dr. Pessoa. Não tenho nenhuma objeção a ele e não acredito em disputa”, afirmou.
O senador afirma que, neste momento, a prioridade é trabalhar para organizar o partido para 2020. O MDB tem como meta crescer o número de prefeitos e vereadores no interior.
“Todos os partidos estão trabalhando. É uma hora importante, é a eleição de vereadores e prefeitos que estão na base partidária. Um partido que deseja ser forte privilegia essa ação. O MDB sempre foi um partido que privilegiou o maior número de prefeitos e deputados. Perdemos essa condição com os deputados e hoje temos o maior número de senadores. Vamos fazer nosso trabalho para fortalecer o partido”, destacou.
Governo em 2022
Marcelo Castro é cotado nos bastidores para ser candidato a governador em 2022. Ele teria a simpatia de setores do PT.
Ele evita antecipar a discussão e diz que a prioridade é 2020. “Terminamos uma eleição e vamos entrar em 2020. Estou buscando representar bem nosso estado. Estou focado nisso, fazendo bem meu papel. Tratar de 2022 atrapalha a cabeça das pessoas. Estamos passando pela crise mais grave da nossa história. A política será tratada na hora certa. Isso não passa pela minha cabeça”, destacou.
Maioridade Penal
Marcelo Castro proferiu palestra no Tribunal de Contas do Estado (TCE) sobre a redução da maioridade penal. Ele é relator da matéria no Senado Federal.
Segundo ele, é preciso ouvir a sociedade sobre o tema. “Essa discussão vem se arrastando a décadas. Em 1993, já foi apresentada uma PEC que foi aprovada na Câmara em 2015 e está agora sobre minha relatoria que reduz a maioridade para 16 anos, para crimes hediondos. Há várias PECs no Senado Federal, uma do piauiense Ciro Nogueira propõe reduzir para 15 anos e não 16. Fizemos uma audiência pública e vamos elaborar nosso parecer. Antes disso, tem que ter um contato com a sociedade. Tem inúmeras pesquisas que dizem que a sociedade é favorável, mas quero ouvir de perto as pessoas”, afirmou.
O senador afirma que o tema envolve vários setores da sociedade e por isso é complexo.
“Essa questão é uma área muito complexa e problemática. Tem muitas opiniões divergentes. Isso influencia uma pessoa a cometer um crime. No mundo inteiro há compreensão que um adulto deve se responsabilizar ser por seus atos e a criança não. O problema é a transição, que é a adolescência. Cada país interpreta de um jeito. Os países latinos americanos, a maioridade fica acima de 18 anos. São assuntos complexos e que merecem que toda a sociedade se envolva. Tem uma PEC tramitando no Senado”, disse.
Lídia Brito