Mão-pé-boca: entenda a doença viral que é comum durante a infância

Os sintomas incluem febre alta, manchas vermelhas com vesículas na boca, amígdalas e faringe.

Por Izabella Furtado 

A doença Mão-pé-boca é uma infecção viral altamente contagiosa, causada principalmente pelo vírus Coxsackie A16, da família dos enterovírus. Embora possa acometer adultos, é mais comum em crianças com menos de cinco anos, especialmente entre os seis meses e três anos de idade. A enfermidade afeta a mucosa oral, as palmas das mãos e as plantas dos pés, provocando febre, estomatites e erupções cutâneas características.

Os sintomas incluem febre alta, manchas vermelhas com vesículas na boca, amígdalas e faringe, que podem evoluir para úlceras dolorosas. Também são frequentes lesões na pele — principalmente nas mãos, pés, nádegas e região genital — além de mal-estar, falta de apetite, vômitos, diarreia, salivação excessiva e dor ao engolir.

A transmissão ocorre por contato com secreções, saliva, fezes ou objetos contaminados. Embora o maior risco de contágio ocorra na primeira semana da doença, o vírus pode continuar sendo eliminado pelas fezes por até quatro semanas após o fim dos sintomas.

O diagnóstico, geralmente clínico, não exige exames laboratoriais. O tratamento é sintomático, com foco em repouso, hidratação e alimentação adequada. Casos mais graves, embora raros, podem evoluir para meningite viral ou encefalite.

Recomendações para prevenção e cuidados com a doença mão-pé-boca

– Nem sempre todos os sintomas clássicos aparecem. Em alguns casos, apenas lesões bucais semelhantes a aftas ou erupções na pele estão presentes.

– Ofereça alimentos pastosos como mingaus, purês e gelatinas, que são mais fáceis de engolir.

– Bebidas frias, como sucos naturais, água e chás, ajudam a manter a hidratação e aliviar o desconforto na garganta.

– Estimule a criança a lavar as mãos com frequência, especialmente após ir ao banheiro ou antes de se alimentar.

– Evite contato direto com a criança doente, como beijos e abraços, para reduzir o risco de contágio.

– Ensine a cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar.

– Mantenha ambientes como casas, escolas e creches devidamente higienizados.

– Não compartilhe objetos como talheres, mamadeiras e copos.

– Afastar a criança da escola ou creche até que os sintomas desapareçam, o que costuma ocorrer de cinco a sete dias após o início do quadro.

– Limpe bem os brinquedos, objetos e superfícies com água e sabão, e depois desinfete com solução de água sanitária diluída (1 colher de sopa para 4 copos de água limpa).

– Descarte corretamente fraldas e lenços de limpeza usados em lixeiras com tampa.

– Desinfete com frequência maçanetas, interruptores e brinquedos compartilhados.

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