Foto de arquivo de Madre Teresa de Calcutá, de 15 de maio de 1997 – RAVI RAVEENDRAN / AFP
ROMA — O Vaticano confirmou nesta sexta-feira que abriu o processo de canonização da Madre Teresa de Calcutá (1910-1997) após aprovar um decreto reconhecendo um segundo milagre atribuído à religiosa — a cura inexplicável de um brasileiro que tinha múltiplos tumores no cérebro. A cerimônia será realizada em 4 setembro de 2016, como parte do “Jubileu da Misericórdia” iniciado em 8 de dezembro, informou o jornal dos bispos italianos, “Avvenire”.
“O Santo Padre autorizou a Congregação das Causas dos Santos a proclamar o decreto sobre o milagre atribuído à intercessão da beata madre Teresa”, anunciou a Santa Sé em um comunicado.
De acordo com o “Avvenire”, que já havia adiantado na quinta-feira a canonização, o homem curado por Madre Teresa estava em fase terminal e se recuperou em 2008. O milagre aconteceu na diocese de Santos, no litoral de São Paulo.
Em 2008, ele se encontrava em estado terminal, “com múltiplos abcessos no cérebro e hidrocefalia obstrutiva”, e já havia passado por um transplante de rim e terapia imunossupressora. Hoje ele está com 42 anos.
A cura milagrosa foi reconhecida em uma reunião de especialistas convocada há três dias pela Congregação para as Causas dos Santos, o que possibilita assim a canonização.
PRIMEIRO MILAGRE
Em 2002, o Vaticano reconheceu um primeiro milagre atribuído à intervenção da Madre Teresa, a cura de uma mulher de 30 ano de Bangladesh, Monika Besra, que sofria de um tumor abdominal.
Ganhadora de um Nobel, ela dedicou sua vida a ajudar os pobres e era conhecida como “santa das sarjetas”. Tornou-se uma das mulheres mais conhecidas e populares da cristandade moderna, sendo beatificada pelo Papa João Paulo II em 19 de outubro de 2003 em uma cerimônia em Roma, na presença de 300 mil fiéis.