Livro sobre cultura material indígena do Piauí e Maranhão será lançado no Salipi FACEBOOK TWITTER WHATSAPP

Elementos da cultura indígena como as cuias, facão, arco, flechas, maracás, alimentos e corantes de pinturas são alguns dos traços de historicidade no livro “Narrativas indígenas e cultura material: Piauí e Maranhão” que será lançado na quinta-feira (13), às 17h, no Salipi (Salão do Livro do Piauí).

Produzidos por várias mentes e mãos, o livro traz caciques, pajés, investigadores indígenas e não indígenas, jovens estudantes indígenas e lideranças comunitárias descrevendo a tradição oral compartilhando saberes.

O livro é organizado por Marleide Lins, Síria Borges e Deusdédit Filho e foi lançado em uma faculdade em Barra do Corda (MA) e agora em Teresina.

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prefácio é da ministra dos Povos Indígenas do Brasil, Sonia Guajajara, que ressalta a iniciativa e diz que “somos um só e não há divisão entre o homem e a natureza” e que a “luta pelo povo indígena não se faz somente com os indígenas. A mobilização da sociedade em geral é fundamental”.

O livro é uma obra inaugural da série Pirão (mistura do Piauí e Maranhão) da Avant Garde Edições. Na quinta-feira, além do seu lançamento haverá uma mesa temática com a presença dos organizadores da obra, Marleide Lins, Síria Borges, Deusdédit Filho, e dos indígenas que, também, assinam artigos, Kaio de Oliveira Pompeu (Guajajara), Aliã Wamiri (Guajajara) e Rodolfo de Sousa (Tabajara).

“O objetivo do selo é investigar e publicar sobre a expressividade cultural e étnica nas suas mais diversas vertentes do campo das humanidades, pontuando traços de historicidade que aproximam os piauienses e maranhenses. Essa pesquisa envolve autoria indígena e não indígena está conectada com a filosofia decolonialista e de valorização dos elementos e modus vivendi dos povos originários que estão vivos”, disse Marleide Lins.

A obra reconhece a participação e a importância da perspectiva indígena sobre a pesquisa e a autoria dos resultados publicados.

“Propositalmente, é um teste para uma prática teórica e metodológica que almeja compartilhar saberes coletivamente: não se pesquisa e não se pública sobre os indígenas, mas com eles e para nós, sociedade brasileira de formação étnica e cultura plural”, destaca os autores.

O livro traz memórias e histórias do povo indígena Akroá-Gamella do município de Uruçui, as vivências dos Tabajara e Tapuio-Itamaraty da comunidade Nazaré, em Lagoa de São Francisco, os Tabajara de Piripiri, os de Kariri de Serra Grande, do município de Queimada Nova. Do Maranhão, a produção oral vem do maracá da cultura Guajajara, de Cana Brava, e relatos das aldeias Escalvado, Porquinhos e a tradição dos povos Tremembé da Raposa, de São Luis.

Na abertura do Salipi, o ambientalista, filósofo, poeta, escritor e Imortal da Academia Brasileira de Letras, Ailton Krenak, recebeu o livro e elogiou a iniciativa.

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