O deputado estadual Francisco Limma (PT), líder do Governo na Assembleia Legislativa do Piauí, apresentou um pedido de informações à Cepisa/Equatorial Energia sobre o andamento do Programa Luz para Todos nos municípios do interior do Estado. Na sessão plenária desta terça-feira (2), o parlamentar criticou a paralisação da distribuição de energia, que não tem funcionado mesmo com algumas redes já prontas para utilização.
Limma recordou que a Equatorial Energia assumiu, em outubro de 2018, a concessão para distribuir energia elétrica no Piauí com a promessa de melhorar a qualidade do serviço no Estado. Além disso, a empresa anunciou a retomada do Programa Luz para Todos em 2019.
“A Cepisa/Equatorial não tem dado celeridade aos programas. Defendiam que a privatização iria acelerar o atendimento, mas, na verdade, está retardando. O serviço está pior. O que as famílias querem é uma melhoria na qualidade do fornecimento, atendimento e preço”, observa.
Em sua fala, o deputado citou o exemplo de São João do Arraial, onde esteve na última semana e verificou a situação. No município, 48 famílias estão com o projeto instalado, mas a Cepisa/Equatorial não autorizou a ligação da rede. Segundo Limma, a mesma situação se repete em outros municípios.
“Estive em São João do Arraial, minha cidade natal, e vi uma comunidade onde moram 48 famílias. A rede de energia está pronta há quase um ano, o que gerou muita expectativa entre os moradores. No entanto, a Cepisa não fez as ligações, enquanto isso as pessoas estão lá esperando há anos pela energia. Isso não pode acontecer, precisamos acompanhar e fiscalizar o andamento dos serviços”, concluiu.
Limma também solicitou informações sobre o corte de energia nos finais de semana e véspera de feriados, prática contrária à legislação estadual, que proíbe tais medidas. “As pessoas não podem ficar sem energia. É preciso que haja uma negociação entre as partes para que as dívidas sejam sanadas”, pontua.
O Programa Luz para Todos foi instituído pelo Decreto nº 4.873, de 11 de novembro de 2003, com o objetivo de propiciar, até o ano de 2008, o atendimento em energia elétrica à parcela da população do meio rural brasileiro que ainda não tivesse acesso a esse serviço público.