Sádia Castro diz que é normal briga por cargos após polêmica com PP

A secretária estadual de Meio Ambiente, Sádia Castro, comentou nesta terça-feira (7), sobre a polêmica referente a sua indicação para a secretaria e afirmou ser normal ter “acirramentos” por cargos, mas esclareceu que apoia o Progressistas.

O PP havia indicado o ex-deputado federal Mainha (PP) para a Secretaria do Meio Ambiente (Semar), mas o nome foi vetado pelo governador Wellington Dias (PT) que queria um nome mais técnico. Foi quando a deputada Margarete Coelho (PP) indicou a irmã Sádia Castro, que possui doutorado em Educação Ambiental, mas não é filiada ao Progressistas. A escolha desagradou Ciro Nogueira (PP) e Júlio Arcoverde (PP), que chegaram a soltar farpas contra o governador, afirmando que Wellington está devendo cargos a legenda.

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Sobre as críticas, Sádia Castro afirmou que “é sempre assim, em início de governo na composição de cargos. Sempre tem esses acirramentos, eu acompanho e sei que sempre acontece, mas isso é uma questão interna dos partidos, uma questão partidária, os partidos é que têm que resolver isso. Temos que deixar os políticos resolverem isso”.

Questionada se foi indicada na cota do governador, a secretária deixou claro que o governador só indica quem ele acredita que tem capacidade para o cargo. “Em relação a cota do governador, todos os nomeados são da cota do governador, é claro que o governador só nomeia quem ele acha que deve [ficar no cargo], quem vai corresponder, e pelos critérios dele”, destacou.

Sádia Castro não é filiada em nenhum partido, mas disse que sempre apoia o Progressistas e deixou claro que possui experiência na área ambiental. “Eu não sou filiada ao partido Progressistas, mas sempre votei nos membros do partido e nos candidatos apoiados pelo partido, sempre militei pela sigla. Acho que a melhor militância é defender os ideais do partido nas práticas coletivas e as minhas práticas são progressistas. Eu fui chamada para tratar sobre as políticas ambientais, e é sobre essas que tenho que me dedicar e falar. É isso que a comunidade espera de mim. Eu tenho uma formação em educação ambiental, com mestrado, doutorado e até pós-doutorado na questão ambiental”, explicou.

Sádia Castro ainda foi questionada sobre a declaração do presidente estadual do Progressistas, Júlio Arcoverde, que disse não conhecer a secretária. “Não vi essa declaração, mas ele não tem a obrigação de me conhecer mesmo não. Eu não sou uma pessoa tão conhecida, inclusive, das pessoas que trabalham com a minha irmã [a deputada Margarete Coelho], muitas pessoas não me conhecem, e eu sou muito discreta, não tem problema nenhum”, disse a nova secretária de Meio Ambiente.

Atrito

Na sexta-feira (3), Mainha disse não acreditar que seu nome foi vetado por Wellington Dias e fez críticas a companheira de chapa, Margarete Coelho, que indicou a irmã Sádia Castro, para a Secretaria Estadual de Meio Ambiente. Ele afirmou que a deputada deveria ter ajudado ele, que é um companheiro de partido.

“Jamais o partido iria aceitar se, eventualmente, a Margarete tivesse ficando como suplente não ser atendida, nem contemplada, porque nós somos um time e a gente tem que dar as mãos, porque ninguém sabe o dia de amanhã e o partido tem que ser solidário”, disparou Mainha.

Para diminuir o atrito criado com a indicação de Sádia, Wellington Dias ofereceu a direção da Companhia Metropolitana de Transporte Público (CMTP), mas Mainha decidiu não aceitar o cargo.

Divisão no Progressistas

Na segunda-feira (7) senador Ciro Nogueira insinuou que o governador Wellington Dias tentou dividir o Progressistas com toda essa polêmica. A afirmação foi feita após a cúpula do partido se reunir na residência do senador para avaliar os espaços dentro do governo petista.

Questionado se as escolhas de Wellington teriam causado algum desconforto dentro da sigla, Ciro confirmou, mas reiterou que o PP segue ainda mais unido. O governador se reuniu individualmente com lideranças da sigla e destinou cargos sem ouvir as indicações da Executiva do Progressistas. “Desconforto às vezes na forma de tratar. Acho que o governador quis usar o que aconteceu com o outro partido em 2014, mas espero que não tenha sido essa a vontade do governador, se foi, o efeito está o contrário, o partido está mais unido do que nunca. Se tentou [dividir o PP], o efeito foi contrário”, disparou Ciro.

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