Policial e mais dois são presos por fraude em concurso de quatro Estados

Uma operação do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco) prendeu nesta segunda-feira (15) três pessoas – entre eles um policial civil do Distrito Federal – suspeitos de fraudes em concursos públicos realizados em quatro Estados.

Mandados de prisão e busca e apreensão foram cumpridos no Piauí, Pernambuco, Paraíba e Distrito Federal.

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De acordo com o delegado Kledson Ferreira, que coordena a operação batizada de “Sem Barreiras”, os mandados foram expedidos pelo juiz da Central de Inquéritos de Teresina, Luiz Moura, referentes à fraude no concurso de agente penitenciário de 2016.

“Foram cinco de prisões e seis mandados de busca e apreensão que foram cumpridos em Teresina (PI), Brasília (DF), Olinda (PE), Jaboatão dos Guararapes (PE), Petrolina (PE) e João Pessoa (PB). As três prisões ocorreram em Brasília e na Paraíba e dois estão foragidos”, afirmou o delegado.

No Piauí, foi cumprido mandado de busca e apreensão no bairro Promorar, onde foram apreendidos celulares e alguns documentos na casa de um candidato.

O grupo agia há dez anos e teria movimentado R$ 30 milhões.

Ele confirmou ainda que no DF, um policial civil suspeito de ser um dos líderes da quadrilha foi preso. Ele é lotado na delegacia da Ceilândia Sul. Os outros dois presos foram pegos em João Pessoa e os foragidos são de Pernambuco.

“Eles atuavam em fraude de vários concursos, inclusive tem alguns que já estão presos em decorrência da operação Gabarito, deflagrada na Paraíba”, destacou Kledyson Ferreira.

O policial civil do Distrito Federal foi identificado como Márcio David Carneiro Liberal e segundo a Polícia Civil do DF, ele é acusado de fraudar 11 concursos públicos nos estados da Paraíba, Rio Grande do Norte e Piauí e até o momento, não está comprovada a participação dele no Distrito Federal.

O grupo contava com cerca de 100 pessoas e suspeita-se que 98 concursos públicos do país tenham sido fraudados.

O delegado do Greco informou que os presos devem ser ouvidos nos estados em que foram presos, mas não descarta a possibilidade de serem transferidos para cá. “Tenho um prazo de dez dias para encerrar o inquérito”, afirmou Kledyson Ferreira.

Veja prints de conversa da quadrilha:

Caroline Oliveira

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