Piauí investe no desenvolvimento da piscicultura em Dom Inocêncio

Com o objetivo de promover o desenvolvimento socioeconômico da região do Semiárido piauiense, por meio da implantação e modernização da infraestrutura de produção, com incremento de alta tecnologia para a criação de tilápias, o Projeto Viva o Semiárido está sendo desenvolvido no município de Dom Inocêncio, na comunidade Moreira. O projeto consiste na criação de peixes em tanques redes. A iniciativa conta com 56 tanques de engorda, seis tanques redes berçários e uma plataforma de manejo dos peixes.

O povoamento dos berçários foi realizado com a colocação de 26 mil alevinos de tilápia. A comunidade aguarda a chegada de mais 26 mil. Em breve, será realizada uma repicagem dos alevinos, para que a partir daí eles possam entrar na fase juvenil, depois para as fases de recria, engorda e terminação.

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Este plano de negócio contempla também a aquisição de um barco, uma mini fábrica de gelo, uma plataforma para manejo e despesca dos tanques-rede e aquisição de um triciclo para ajudar no transporte de material e equipamento do pescado.

O projeto foi iniciado pela Codevasf com 30 tanques já na fase de despesca, e reforçado agora com o apoio do Governo do Estado. Atualmente, a ação é executada pelo Emater em parceria com a Codevasf, Prefeitura Municipal de Dom Inocêncio-PI e Banco do Nordeste.

A partir do Programa Viva o Semiárido, os técnicos do Emater elaboraram um plano de negócio que, após ser aprovado, seguiu para a execução. A primeira parcela dos recursos já foi liberada. Com esta parcela, foram adquiridos tanques-redes, berçários (bolsões) para alevinos, máquinas, Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e ração para todas as etapas de crescimento dos alevinos.

O Emater atuará no acompanhamento e prestação de assistência técnica de forma sistemática em todas as etapas do projeto de criação de tilápias no período de um ano conforme contrato, podendo ser prorrogado em caso de necessidade.

Além deste plano de negócios, o município ainda receberá mais três planos. O diretor Marcos Vinicius comenta da necessidade de que se invista em infraestrutura pensando também na comercialização, pois a distância para o município mais próximo é de 80 km. “Não temos medido esforços para dar suporte ao andamento do Programa Viva o Semiárido, e entendemos que é prioridade do Governo dar suporte e estrutura aos agricultores e agricultoras por meio de uma assistência técnica e extensão rural cada vez melhor”, ponderou.

A ação contempla cerca de 20 famílias e está orçada em 200 mil reais.  Entre os resultados para a implantação do projeto estão o aumento da oferta de empregos diretos e indiretos no município, contribuindo para a fixação do pequeno produtor em seu município de origem, além do aumento da oferta de pescado, de tal forma a fortalecer a atividade de piscicultura intensiva em todas as etapas, desde o processo produtivo, industrialização e comercialização. A iniciativa também impulsiona atividades que se identifiquem com as necessidades da comunidade, como programas ambientais, culturais e sociais. Por fim, disseminar o cultivo racional de peixes com a visão da sustentabilidade ambiental.

De acordo com o técnico Lucas Almeida, o trabalho foi iniciado no mês de julho e, desde então, é feito um acompanhamento constante por entidades parcerias, que contribuem de forma fundamental para sucesso desta ação. “Este projeto também vem recebendo acompanhamento de técnicos da Codevasf. Já chegaram metade dos alevinos, foi feita a aclimatização e é dada aos alevinos de acordo com a biomassa. Estamos fazendo as atividades junto aos produtores, cada um é responsável por realizar uma atividade de acordo com um rodízio estabelecido pelos associados”, ressaltou. Para a lisura do projeto foi criada uma comissão de licitação permanente para acompanhar as ações e investimentos realizados.

Apoio para agregação de valor e aumento de renda
Geração de renda por meio da agregação de valor para a comercialização da tilápia. Esta ação está sendo realizada junto a agricultores familiares na localidade Moreira, município de Dom Inocêncio. Os moradores da comunidade estão recebendo apoio do Governo do Estado, por meio do Emater, para a criação de tilápias. Para tanto, o órgão iniciou, na última semana, um curso de filetagem do pescado. A ação faz parte do Programa Viva o Semiárido, motivado por meio da sensibilidade da coordenação de Assistência Técnica Sistematizada.

O curso foi ministrado pelas extensionistas Iva Almeida e Francisca Varão. O diretor-geral do Emater, Marcos Vinicius, o coordenador André Rocha, o técnico Genivaldo Oliveira, o ex-prefeito de Dom Inocêncio, Luzivalter Dias, o extensionista Lucas Almeida e comitiva acompanharam parte do curso. Na ocasião, o presidente da associação, Raimundo Nonato, e o técnico responsável apresentaram o projeto de criação de tilápias.

A associação da localidade Moreira recebeu junto ao Programa financiado pelo FIDA um investimento no valor de 200 mil destinados à criação, manejo e comercialização de tilápias. Este projeto foi iniciado pela Codevasf, e agora contará também com o apoio do Governo do Piauí. Estes recursos irão contemplar a compra de mais de 50 mil alevinos, a aquisição de um barco, uma mini fábrica de gelo, uma plataforma para manejo e despesca dos tanques redes, e aquisição de um triciclo para ajudar no transporte de material e equipamento do pescado.

A comunidade
Na Associação de Irrigantes e Piscicultores da Comunidade Moreira, os agricultores e agriculturas familiares estão passando por um intenso processo de investimento em tecnologia, capacitação técnica e extensão rural. A comunidade é composta por crianças, jovens e adultos e as atividades de produção estão voltadas para a agricultura irrigada, criação de ovinocaprinos e a piscicultura.

Em sua organização, todos os associados desempenham uma função determinada em reuniões, cada um assume um compromisso e presta conta das atividades realizadas e apresenta os resultados.  O presidente da associação Raimundo Nonato enumera as conquistas alcançadas e ressalta também que os desafios surgidos ao longo do ano fazem parte do processo de crescimento.  “Agora, o desafio é ampliar o mercado. Participamos semanalmente da feira nas comunidades vizinhas, adquirimos um carro para o transporte e agora queremos centrar nossa atividade no desenvolvimento do projeto de criação de tilápias”, finalizou.

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