“Não pode existir governo sem acordo de coalizão”, diz Medeiros sobre aliança

À frente da Fundação Centro de Pesquisas Econômicas e Sociais do Piauí (CEPRO), o ex-deputado e sociólogo Antonio José Medeiros falou à imprensa sobre reforma política e a organização do seu partido, o PT, para as eleições de 2018.

Comentando a questão do financiamento de campanha, o petista destacou que as coisas devem ser feitas com transparência. “Não é enriquecimento ilícito, é mobilização de recursos não contabilizados para campanha. A gente precisa falar disso com clareza para a sociedade. Se a gente não admitir que esse problema existe, que houve erro de todos os partidos, nós não vamos mudar”, declarou em entrevista à imprensa.

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Sobre a parceria com o PMDB, a reportagem do Política Dinâmica questionou o presidente se o partido – antagonista no cenário nacional – pode ser um aliado para a mudança e melhorias no Piauí. “Nenhum partido, no mundo todo, tem 50% mais 1 dos votos. Então tem que ter as coalizões partidárias. Não pode existir governo majoritário sem acordo de coalizão com outros partidos. O que não pode é em uma eleição estar de um lado, outra eleição estar de outro. [Deve-se] manter uma certa coerência”, assinalou.

Medeiros não defende coligação para deputados e vereadores, as chapas proporcionais. “Para os cargos majoritários é normal que haja coligação e aí isso junta com outra medida que eu acho que precisa ser tomada com urgência, que é a cláusula de barreira. O partido pra ter representação precisa ter o mínimo de desempenho”, explicou.

DESCOMPASSO
Ainda questionado sobre a divergência de posicionamentos entre os partidos PT e PMDB a nível nacional e estadual, Antônio José Medeiros afirmou que esse descompasso vai continuar existindo. Isso tem repercutido no meio político piauiense, pois o PMDB está dividido entre a ala que defende a aliança com o PT e o governo Wellington Dias – os deputados Themístocles Filho, João Mádison e Marcelo Castro são alguns nomes – e a ala que defende candidatura própria, encabeçada pelo ex-ministro João Henrique Sousa e que tem apoio expresso pelo presidente nacional do PMDB, senador Romero Jucá.

“A gente caminha para ter algumas diretrizes que são nacionais e como tal tem que ter coerência nos estados. Eu acho que vai demorar algum tempo pra superar essa defasagem que existe entre política nacional e política estadual. O importante é ter um caminho”, pontuou.

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