‘Happy hour virtual’ com amigos ou colegas do trabalho é alternativa para os brasileiros em quarentena

Em isolamento social, brasileiros substituíram a ida ao bar para o happy hour por ligações de vídeo com amigos e colegas do trabalho. Entrevistados dizem que é importante ter momentos de descontração apesar da pandemia do novo coronavírus.

Nada de bar, balada ou cinema. Os solteiros e os casais não devem ir às ruas para curtir a noite desta sexta-feira (3) no Brasil. E como a expectativa é que todos fiquem em casa por causa do isolamento social, medida que evita a disseminação do novo coronavírus, o G1 conversou com brasileiros que já fizeram o ‘happy hour virtual’ para compartilhar suas impressões.

A analista de atendimento ao cliente Juliana Mariano, de 21 anos, trabalha em uma startup que mandou para a sua casa nesta terça-feira cerveja e uma porção de frango frito, o pedido favorito da baiana. Moradora de São Paulo, ela em isolamento social há duas semanas e esta foi a primeira vez que participou de um ‘happy hour virtual’ por meio de ligação em vídeo do Hangouts, do Google.

“Foi bem legal, deu para matar um pouco da saudade de todos. Geralmente, em dias normais, bebemos no escritório depois do expediente ou nos encontramos em algum barzinho da cidade. Fazemos happy hour eventualmente, mas nem sempre todos participam, mas nesse todos da equipe estiveram presentes”, conta.

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Também em isolamento social, o gerente de contas Felipe Santos, de 25 anos, afirma que a empresa na qual trabalha já organizava um happy hour com os 50 colaboradores toda última sexta-feira do mês. Mas, na sexta passada (27), o happy hour foi virtual.

O combinado era que quem estivesse mais bem caracterizado de “Moda Praia”, o tema do ‘happy hour virtual’, receberia em casa um kit com vinho e pizza. “Eu nunca havia feito um happy hour virtual, mas, depois de sexta, passei a reconsiderar isso para estreitar relações”, diz.

O gerente de contas acrescenta ainda que está em isolamento social há quase um mês e que não teve sintomas do novo coronavírus. Apesar da pandemia, conta Felipe, há vantagens em trabalhar em casa: fazer as refeições na mesa com a família, não perder tempo no transporte público e ter mais tempo para ler, estudar e meditar.

Enquanto a vida social e profissional de Juliana e Felipe mudaram bastante nas últimas semanas, a engenheira eletricista Gabrielle Raposo, de 30 anos, diz que já estava acostumada a programas caseiros com o marido, Arnon Porto, de 29. O filho do casal nasceu há apenas 5 meses e, desde então, eles adaptaram a rotina.

Gabrielle começou o isolamento social antes de o novo coronavírus ser declarado uma pandemia, em 11 de março, e o marido, em 24 de março, mesmo sem nenhum dos dois ter qualquer sintoma. O casal mora no mesmo apartamento, no Recife (PE), e não precisou fazer ligação em vídeo.

“Tomamos cerveja e vinho. Comemos pão de alho que tínhamos congelado, queijo gorgonzola que tínhamos na geladeira e pedimos camarão no restaurante”, conta Gabrielle.

“Estamos os dois em casa, mas trabalhamos em cômodos distintos e, de fato, quando acabamos o trabalho estávamos bem cansados. Não é fácil fazer home office com um bebê em casa. E queríamos comer e beber algo para distrair.”

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