O governador Wellington Dias (PT), presidente do Consórcio Nordeste, afirmou nesta quarta-feira (9) que espera não ser obrigado a recorrer à justiça para garantir a vacinação dos piauienses contra a covid-19. Ontem, os governadores se reuniram com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e cobraram um plano nacional de imunização. Na ocasião, o ministro ressaltou que só no prazo de 60 dias a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deve autorizar o primeiro imunizante.
“O Plano B, eu confesso que estou pedindo a Deus todo dia para a gente não precisar dele, pois ele é o plano do desconhecido. Sabe Deus o que vai acontecer”, disse o governador em entrevista à TV Cidade Verde.
Ainda ontem, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), disse ter ingressado no Supremo Tribunal Federal (STF) com um processo em que busca a liberação da aquisição de imunizantes aprovados por agências internacionais.
“O plano A é o plano Brasil. Nesse instante nós temos um inimigo comum. Quem é do lado do Bolsonaro, quem é oposição, quem quer ser candidato a presidente, quem não quer. Quem é do partido A ou do partido B. Temos um inimigo em comum, chama-se coronavírus e que está através da covid matando gente”, afirmou Wellington Dias.
O governador ressaltou que o Brasil sempre teve um plano nacional de imunização e que a vacina é única chance se evitar mortes e recuperar a economia.
“Não é razoável que o maior problema do país entre numa disputa política. Não tem sentido um país como o Brasil ter uma desorganização na área de vacina. Precisamos que o Brasil coordene o plano nacional de imunização bem como o programa estratégico. O Ministro disse que sim e com possibilidade de comprar todas as vacinas”, destacou o governador.
Segundo Wellington Dias, com a vacinação começando em janeiro, como já sinalizou o estado de São Paulo, boa parte da população do país já estaria imunizada até o início do segundo semestre.
“Temos a chance de começar em janeiro e em abril ou maio concluir a primeira etapa e abrir o segundo semestre com boa parte dos brasileiros vacinados”, afirma.
Profissionais de saúde que atuam diretamente com a covid-19 e os idosos estariam entre os primeiros grupos a receber a vacina.
“Estamos aí com uma fila gigante das outras doenças que nós suspendemos atendimentos, cirurgias, aguardando a covid-19. Como é que um negócio desses não é prioridade? Ontem amarramos bem com o ministro. Nós vamos sim ter saída e no Piauí terá vacina a partir de janeiro”, destaca.
Hérlon Moraes