Filho de candidata a prefeita arma emboscada e ameaça funcionários da Justiça em Dom Inocêncio

Um servidor e um funcionário da Justiça Eleitoral sofreram uma emboscada na noite deste sábado (01), quando transportavam uma urna eletrônica para a localidade Ponta da Serra, zona rural do município de Dom Inocêncio, distante 589 km de Teresina.

Movimento em Dom Inocêncio é intenso.
Movimento em Dom Inocêncio é intenso.

De acordo com a denúncia, o servidor identificado como Manoel, que conduzia o veículo da Justiça Eleitoral e estava acompanhado do técnico identificado como Ednei Paes, foi interceptado por duas motocicletas no povoado Cansanção, por volta de volta de 21h. Duas motos fecharam o carro e logo depois surgiram outros veículos. “Uma pessoa identificada como Joaquim Luís Pereira desceu, apontou uma arma na minha cabeça e vasculhou o carro junto com outras seis pessoas”, contou Manoel.

Logo depois de fazerem uma varredura no interior do veículo, o motorista e o técnico da Justiça Eleitoral foram liberados, mas após percorrerem cerca de 300 metros foram interceptados novamente. “Desta vez, ele [Joaquim Luís Pereira] arrancou o técnico de dentro do carro e disse que se eles os denunciassem a próxima vítima da arma seria ele [Ednei Paes]”, acrescentou o motorista.

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O acusado, Joaquim Luís Pereira Neto, é filho da candidata que concorre a uma vaga para prefeitura do município de Dom Inocêncio, Maria Das Virgens Dias (PP), mais conhecida como Virgínia.

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Investigações

O GP1 falou com o Juiz eleitoral da 13º zona de Dom Inocêncio, Fabrício Novaes, que confirmou a denúncia apresentada pelo motorista. “O motorista já esteve aqui, já fez a representação. Esse fato está sendo investigado ainda pela Polícia Federal, mas a gente ainda não tem nada constatado pela polícia ainda, mas estamos investigando. Ela [delegada] vai ouvir os envolvidos, formalmente, e depois, se for o caso, representar pela prisão preventiva ou pela busca e apreensão”, frisou o juiz.

Segurança

O GP1 apurou ainda que o município está guarnecido apenas por dois policiais militares, além de homens das tropas do exército brasileiro. “A gente teve essa denúncia grave, inclusive, a gente tá pedindo ao exército para auxiliar a Polícia Militar que só tem dois representantes lá. Já foi solicitada que fossem identificadas as buscas pessoais. Por outro lado, nós já recebemos várias denúncias que não se verificaram”, finalizou.

Outro lado

Procurado pelo GP1, Joaquim Luís Pereira Neto não foi encontrado para comentar a denúncia.

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