A diretoria da Federação de Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Piauí (Fecomércio) divulgou nota, manifestando “apreensão” com o que chama de “atos contrários aos interesses do Estado e de sua população”. Resposta clara aos questionamentos feitos sobre a aplicação de recursos de empréstimo obtidos pelo estado, situação que foi levada para a Justiça, com intuito até mesmo de impedir o repasse de parcela dos recursos contratados com a Caixa Econômica Federal.
Diz a nota assinada pela diretoria, que “no momento em que todo o país atravessa uma crise sem precedentes em sua história econômica e financeira”, entre eles o Piauí, “não podemos abrir mão de recursos legitimamente conquistados através de empréstimos legalmente autorizados”.
Aponta que o bloqueio destes recursos é um “desserviço”, pois “o que está em jogo não são apenas valores financeiros”, mas as necessidades da sociedade piauiense. Reforça que “proibir o Governo de utilizar recursos legitimamente incluídos no orçamento é uma atitude contrária às necessidades do piauienses”.
Mesmo a nota sendo claramente em apoio ao governo do estado, que vem sendo duramente criticada pela oposição com base em relatório de auditoria técnica feita pelo Tribunal de Contas do Estado – apontando suposto desvio de finalidade -, a Fecomércio se isenta e diz não ser a favor ou contra quem discute a questão no âmbito judicial.
“Cada um de nós, membros deste Sistema, têm consciência das necessidades do Estado, daí este apelo a todas as pessoas de bem, para que trabalhem pela liberação deste empréstimo junto à CEF, tão indispensável para o desenvolvimento”, diz a nota, apontando esta como “realidade que deve se sobrepor a quaisquer outros interesses pessoais”.