A saída da vereadora Rosário Bezerra (PT) da disputa para a prefeitura de Teresina repercutiu ontem entre correligionários do partido, bem como o anúncio da desistência do outro pré-candidato, o secretário de Justiça, Daniel Oliveira (PT). Em entrevista ao Notícia da Manhã, o também petista e deputado estadual Fábio Novo revelou que, caso o partido não lance mais candidato próprio, é a favor de uma aliança com o PSDB.
“O diretório municipal de Teresina tem que decidir se vai ou não ter candidato próprio, pois quem tem três candidatos não tem nenhum, isso é minha avaliação pessoal. É preciso escolher um nome e trabalhar esse nome, porque já estamos próximo do período eleitoral. Agora estou fazendo muito a Secult e às margens das discussões políticas, mas no momento certo vou entrar para as discussões. O partido deveria ter uma candidatura própria e em não tendo, eu tenho uma posição pessoal. Defendo um diálogo com o grupo político do prefeito Firmino Filho”, disse Novo.
O deputado ressalta que o apoio ao prefeito de Teresina se deve à capacidade de diálogo do gestor e ao posicionamento dele em relação a crise política do país. Fábio Novo também relembrou o apoio do tucano em sua disputa pela presidência da Assembleia Legislativa do Piauí, em 2015.
“O Firmino faz uma boa gestão administrativa na Capital…Política também se faz com gratidão. Quando eu disputei a presidência da Alepi, o prefeito teve uma posição muito correta e decente com o partido. Acho pouco provável o PT apoiar o prefeito Firmino, mas essa é minha posição pessoal. Por outro lado, acho que o PT tem que ter marturidade política para ‘costurar’ com forças que tenham disposição para o diálogo”, defende Fábio Novo.
Lava Jato
Em entrevista ao Notícia da Manhã, o petista também falou sobre o pedido de prisão do ex-presidente Lula feito pelo Ministério Público de São Paulo.
“Eu vi isso com muita tristeza, pois não tem nada que leve um promotor a pedir a prisão do ex-presidente. Eu estava muito crente de que estávamos vivendo um momento em que através dos governos do Lula e da Dilma se deu mais autonomia à Polícia Federal e ao Ministério Público. Mas nós achávamos que esses órgãos deveriam investigar a todos. A Lava Jato fica caracterizada, cada vez mais, que tem um destino de aniquilar com o PT e sua maior expressão. A Lava Jato já identificou em várias delações premiadas o senador Aécio Neves PSDB) e não se tem um depoimento dele e está se pedindo a prisão do Lula por causa de um apartamento que nem é dele e tem documennto em cartório provando isso. Estão se partidarizando as coisas”, defendeu Novo.
Graciane Sousa
