Estudante de Direito perde emprego e vende chup-chup em sinal

É com bom humor que a estudante de Direito Claudia Santos de Aquino, de 35 anos, encontra disposição para enfrentar a crise. Após perder o estágio e ter que trancar a faculdade, a mulher passou a vender chup-chup e bombons em um semáforo de Jacaraípe, na Serra, Espírito Santo.

Vestida com um biquíni, Cláudia conseguiu conquistar os clientes. A estudante contou que  consegue faturar cerca de R$100 por dia com a venda dos produtos.

Apesar de estar faturando com as vendas, Claudia ainda faz panfletagem, unhas, depilação e faxina para aumentar a renda.

Claudia vende chup-chup em sinal para enfrentar a crise, no Espírito Santo (Foto: Fernando Madeira/ A Gazeta)
Claudia vende chup-chup em sinal para enfrentar a crise (Foto: Fernando Madeira/ A Gazeta)

Quando cursava o sétimo período da faculdade, a universitária perdeu o estágio e também veio a crise. Sem uma renda fixa, Claudia precisou trancar a faculdade, mas garantiu que vai retomar as aulas em 2016 para se formar em 2017.

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“Estou conseguindo pagar aluguel, comida, água e luz, tudo com o dinheiro do chup-chup. E depois que comecei a ralar aqui no semáforo, muitas portas foram se abrindo. Hoje, faço recepção em feiras, eventos promocionais e não pretendo parar”, explicou.

Cláudia ainda é mãe de dois jovens, um de 18 e outro de 16 anos, que vivem com os avós. Ela também quer realizar o sonho de conhecer a Disney com os dois. “Deus abre portas para quem não cruza os braços”, afirmou.

 

Claudia enfrenta preconceito e assédio ao vender chup-chup no Espírito Santo (Foto: Fernando Madeira/A Gazeta)
Claudia reclama de preconceito e assédio ao vender chup-chup (Foto: Fernando Madeira/A Gazeta)

Assédio e preconceito
Embora o negócio tenha dado certo, a universitária ainda enfrenta assédio e preconceito. “Já fui ofendida no sinal, infelizmente. Alguns homens já me fizeram propostas indecentes, outros me xingaram com nomes de baixo calão. Mas passo por cima de tudo isso porque sei onde vou chegar. Quando estiver na minha cadeira de delegada, vou rir disso tudo e agradecer as pessoas que me ajudaram”, disse confiante.

Claudia se refere ao sonho de ser delegada de polícia. Para quem já trabalhou como recepcionista, secretária, auxiliar administrativo e até técnica em Segurança do Trabalho, não dá para duvidar. “E para enfrentar toda essa maratona, faço exercícios na praia e tento manter uma alimentação saudável”, concluiu.

*Com colaboração de Wesley Ribeiro, do jornal A Gazeta.

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