Especialista explica os fatores de riscos do câncer de cabeça e pescoço

O médico Agailton Menezes dá dicas de como prevenir esse tipo de doença em entrevista especial.


O câncer de cabeça e pescoço produz cerca de dez mil mortes por ano no Brasil, dentre os aproximadamente 43 mil novos casos anuais. Essa é a estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca), que está em harmonia com as informações da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (SBCCP). Alguns estudos científicos vão mais além e afirmam: em 85% dos casos, esses tumores estão relacionados com o consumo de tabaco.

O médico Agailton Menezes, explica que o câncer infantojuvenil na maioria dos casos, tem um comportamento biológico diferente da doença em adultos.

“Crianças e adolescentes também podem ter câncer de cabeça e pescoço. É óbvio que crianças não vão estar expostas a tabagismo e etilismo, entre outros fatores de riscos, mas o fator genético também é muito prevalente em todos esses tipos de câncer, na realidade não apenas nesse, mas em qualquer tipo de câncer no ser humano. Crianças e adolescentes podem desenvolver algum tipo de câncer de cabeça e pescoço, porém em uma incidência muito menor do que em pessoas adultas e idosas,” esclareceu.

continua depois da publicidade

O especialista explica sobre os nódulos na região do pescoço: “Todo nódulo no pescoço pode ser um tipo de câncer, porém a grande parte desses nódulos não vai ser câncer, eu diria que 99% deles”, disse.

Ainda de acordo com Menezes, o tipo de nódulo que chama atenção é o que persiste por mais de três semanas.

“Geralmente aquele caroço no pescoço que persiste por um tempo maior que três semanas, ele precisa ser investigado. Provavelmente não será nenhuma lesão maligna, mas tem que ser investigado até chegar a uma conclusão”, pontuou.

De acordo com Agailton Menezes, a melhor maneira de prevenir é ficar longe dos fatores de riscos. O especialista elenca:

– Tabagismo: fumar e o otlismo (beber);
– HPV (Vírus do Papiloma Humano) adquirido principalmente pela prática do sexo oral em múltiplos parceiros, e vem se tornando um fator de riscos crescente, principalmente na população mais jovem;
– O uso de prótese dentária mal adaptada. O idoso que usa uma prótese, por exemplo, há 10 anos, e ela já está meio folgada, a prótese pode fazer microlesões, principalmente no céu da boca e essas microlesões ao decorrer do tempo vão se tornando um fator de risco para o câncer de boca.

Câncer de tireoide

“O principal fator de risco é a exposição a radiações. Quando eu falo de exposição a radiações eu não estou falando de nós, que uma vez ou outra vai fazer uma radiografia ou uma tomografia como exame médico, eu estou falando daquelas profissionais que trabalham dentro de locais que há muita radiação, exemplo: Técnico em radiologia ou as populações que vivem próximas a locais que tiveram acidentes nucleares.”

Câncer de pele

“Evitar exposição prolongada ao sol entre 10h e 16h. Procurar lugares com sombra. Usar proteção adequada, como roupas, bonés ou chapéus de abas largas, óculos escuros com proteção UV, sombrinhas e barracas. Aplicar na pele, antes de se expor ao sol, filtro (protetor) solar com fator de proteção 30, no mínimo.”


Mais informações e consultas

Siga o Dr. Aglaiton Menezes no Instagram

Whatsapp: (87) 98144-2178


 

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo