Empresa esclarece sobre exploração de petróleo e gás natural no Piauí

Com o objetivo de expor aspectos técnicos da atividade de perfuração de poços de petróleo e/ou gás natural no Piauí, de responsabilidade da empresa Ouro Preto Óleo e Gás S/A, a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMAR), realizou na manhã desta quarta-feira (26) reunião técnica no auditório da Federação das Indústrias do Estado do Piauí-FIEPI. Participaram representantes de diversos segmentos da sociedade, como dirigentes e técnicos de instituições públicas, de representações de classes, professores universitários, organizações do terceiro setor, dentre outros.

“Esta reunião acontece como uma complementação às audiências públicas ocorridas em fevereiro, nas cidades de Baixa Grande do Ribeiro e Floriano, onde a empresa discutiu com a população o Estudo de Impacto Ambiental – EIA e o Relatório de Impacto Ambiental – RIMA para o licenciamento do empreendimento. Hoje, aqui em Teresina, a empresa detalha os aspectos técnicos e ambientais do empreendimento. A Semar garante que tudo está sendo feito da forma mais transparente possível”, explica o secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Piauí, Ziza Carvalho.

Durante o encontro, a Ouro Preto Óleo e Gás S/A respondeu aos questionamentos sobre os impactos que a atividade de perfuração e exploração podem causar ao meio ambiente, como a contaminação do lençol freático e medidas de contenção em caso de um possível vazamento de gás ou petróleo. Segundo a gerente de Meio Ambiente da Ouro Preto, Glória Marins, esse risco é mínimo. “Neste momento ainda estamos fazendo estudos para saber se o material a ser encontrado é viável economicamente e em sendo, começaremos, a partir de 2018, a fazer a perfuração e extração de gás e petróleo. O procedimento é bastante seguro e, se por ventura ocorrer algum problema, estamos aptos a contornar os danos”, afirma.

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O superintendente de Meio Ambiente da Semar, Carlos Moura Fé, acrescenta que o empreendimento ainda encontra-se em fase de análise para expedição da licença ambiental, onde as audiências públicas realizadas em fevereiro fazem parte desse processo. “A reunião de hoje atendeu ao pedido da Rede Ambiental do Piauí (REAPI), que solicitou mais informações da empresa. Todos os aspectos foram discutidos e agora seguimos com os trâmites para expedir a licença de operação para a Ouro Preto”, pontua Moura Fé.

Sobre a exploração de petróleo e gás

O empreendimento é destinado à prospecção de petróleo e gás natural, na Bacia do Parnaíba, cuja locação dos poços poderá abranger os municípios de Marcos Parente, Landri Sales, Jerumenha, Sebastião Leal e Canavieira – no bloco PN-T-151; Amarante, Arraial, Francisco Ayres, Floriano, Cajazeiras do Piauí, Nazaré do Piauí, Oeiras, São Francisco do Piauí e Regeneração – no bloco PN-T-137; e Ribeiro Gonçalves e Baixa Grande do Ribeiro – no bloco PN-T-165, no estado do Piauí. A bacia do Parnaíba é a quinta maior produtora de gás natural no Brasil e a Ouro Preto já investiu cerca de R$ 30 milhões, em coleta e processamento de dados. A extração de gás e petróleo deve começar ainda este ano.

Os blocos exploratórios foram adquiridos sob regime de concessão na 11ª rodada de licitações promovida pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), em 2013. O bloco PN-T-151 encontra-se localizado integralmente na porção sul do Estado do Piauí, enquanto os blocos PN-T-137 e PN-T-165 estão situados na divisa dos estados do Maranhão e Piauí.

Autor: Flávio Figueredo

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