Distúrbios do sono, como a insônia, podem provocar sérias consequências

Uma noite, você acorda no meio da madrugada e não consegue fechar os olhos até amanhecer. No dia seguinte, o sufoco se repete. E mais uma vez, até que o cansaço começa a atrapalhar seu rendimento no trabalho e nos estudos. É assim que começa a se manifestar a insônia.

Distúrbios do sono, ou como é mais conhecida, a insônia, é a percepção ou queixa de sono inadequado, ou de baixa qualidade, por diversas razões: dificuldade em pegar no sono; levantar frequentemente durante a noite com dificuldade de voltar a dormir; acordar muito cedo ou ter um sono não restaurador.

A insônia não é definida pela quantidade de horas que uma pessoa dorme ou quanto tempo leva para cair no sono, cada indivíduo varia em suas necessidades. Insônia pode causar problemas durante o dia como cansaço, falta de energia, dificuldade de concentração e irritabilidade.

 

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As causas que geram insônia variam entre: estresse, problemas de relacionamento, ansiedade, depressão, uso de medicamentos, fatores ambientais, uso de substâncias contendo cafeína/álcool/nicotina, irregularidade de horários, inatividade física e má alimentação. Os distúrbios do sono podem ser classificados como transitória (duração de até quatro semanas), aguda (duração de quatro semanas a seis meses) ou crônica (dificuldade para dormir todas as noites ou a maior parte das noites por mais de seis meses).

A insônia é um distúrbio que afeta principalmente as mulheres, gerando inquietação durante a noite e impedindo o ato de adormecer. As consequências da doença são sérias e afetam o nível de produtividade do indivíduo, atrapalha o raciocínio e interfere na qualidade de vida.

 

 

A boa qualidade do sono é tão importante para a manutenção da saúde como é a boa alimentação e o exercício físico regular. Independentemente da causa que leva a uma pessoa à insônia, dormir menos e mal pode afetar o indivíduo física e mentalmente. O efeito é cumulativo e pessoas que sofrem de insônia têm maior pré-disposição para desenvolver doenças mentais, assim como doenças crônicas, tais como hipertensão e diabete. Além disso, má qualidade do sono pode levar a acidentes sérios e fatais.

A estudante Daniela Silveira (20) sofreu de insônia transitória em 2006, enquanto se preparava para prestar vestibular. Para ela, o distúrbio foi causado pelo excessivo consumo de pó de guaraná, cafeína e suplementos naturais para ter mais tempo livre nos estudos. Somente após procurar ajuda médica foi que Daniela conseguiu voltar a dormir normalmente.

A falta de sono, segundo o neurologista da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Luciano Ribeiro Pinto, principalmente para os estudantes podem causar repercussões tanto na saúde física como na própria saúde mental (problemas de aprendizado, memória e concentração).

Para tratar os distúrbios do sono os especialistas recomendam uma mudança de comportamento, chamadas por eles de ‘higiene do sono’. Essa mudança consiste em regular o horário para dormir, evitar bebidas alcoólicas e remédios sem prescrição médica, assim como praticar atividades físicas durante o dia. São métodos simples, mas que segundo Luciano Ribeiro podem trazer de volta ao paciente as tão sonhadas noites de sono.

 

Por Marcela Buzatto

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