Depois da descoberta de uma organização criminosa que vazou o gabarito da prova, de ser adiado para uma parte dos estudantes, devido a ocupação de prédios públicos, o Enem, no Piauí, continuou, nessa segunda edição de 2016, desorganizado, ao ponto de faltar energia em alguns locais de aplicação de provas e da estudante Dayane Santana, de 17 anos, ter sido constrangida e obrigada a voltar para casa sem fazer a prova, devido o seu nome não constar na relação de candidatos inscritos.
Dayane é do município de Nazária. Ela percorreu 25 quilômetros, de casa até o local em que deveria aplicar a prova, na Faculdade Santo Agostinho. “Eu recebi um e-mail do Instituto Nacional de Pesquisa Educacionais Anisio Teixeira, Inep, informando que eu deveria me apresentar no local de prova”, disse, com os olhos cheios de lágrimas.
A estudante não esquece que no mês de novembro deixou de realizar o Enem porque o prédio estava ocupado por estudantes que protestam contra medidas de arrocho do Governo Federal, que congela reajustes no setor por 20 anos.
No Piauí, 5.344 estudantes se inscreveram para realizar as provas. Foram contabilizados 1.912 inscritos que deveriam fazer a avaliação na Universidade Federal do Piauí (UFPI) – Campos Professora Cinebolina Elvas (CPCE), em Bom Jesus, e no Instituto Federal de Educação Tecnológica (Ifpi)- Campus Sul, em Teresina, locais que estavam ocupados e as provas foram adiadas.
Outros 3.432 estudantes foram prejudicados por conta da falta de energia elétrica em seus locais de provas. Devido aos problemas com o fornecimento elétrico, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) informou que esses participantes também poderão refazer o exame.