Além da pandemia, o argumento é de que a mudança na data das disputas municipais torna “impraticável” as discussões em torno da nova gestão do legislativo estadual.
A eleição para definição a nova composição mesa diretora da Assembléia Legislativa do Piauí (Alepi), prevista para a segunda semana de novembro, pode ser adiada em um mês, é o que defende um Projeto de Resolução (PR) ainda em tramitação na Casa.
Além do “momento atípico” causado pela crise sanitária do novo coronavírus (Covid-19), a proposição leva em consideração o adiamento das eleições municipais de 2020, que também serão realizadas em novembro. “Isto impõe necessariamente alterações no calendário dos legislativos estaduais e municipais”, argumenta o texto.
Segundo o regimento interno da Alepi, a preparação da verificação de quorum necessário para o pleito referente ao segundo biênio seria realizada em novembro mas, pela proposta que ainda precisa ser aprovada em plenário, mas o PR altera a data da disputa para na primeira sessão da segunda semana de dezembro.
O entendimento é de que os deputados têm “envolvimento direto” com as disputas eleitorais em cidades e que a manutenção do pleito para a escolha da nova gestão do legislativo seria “impraticável”, visto que a maioria dos parlamentares tem suas bases “pulverizadas” em cidades do interior.
A proposição, de autoria da atual mesa diretora, tem os deputados João Madison (MDB), Marden Menezes (PSDB), Gessivaldo Isaías (Republicanos) e Carlos Augusto (PR) como signatários mas também conta com apoio e assinatura da maioria dos demais parlamentares com direito a voto, o que pressupõe sua aprovação.
Apesar de ter afirmado que não disputaria a reeleição presidência do legislativo estadual novamente, o deputado Themístocles Filho (MDB) é apontado como favorito para permanecer no cargo. Neste sentido, as discussões visam a indicação para a vaga de vice, posto pleiteado pelo PT e Progressistas, siglas de maiores bancadas.